Por redação
A política em Coxim, Mato Grosso do Sul, esteve em destaque recentemente, com o ex-presidente Jair Bolsonaro criticando pré-candidatos do Partido Liberal (PL). Durante uma reunião partidária, Bolsonaro revelou ter acesso a prints de conversas em um grupo de WhatsApp, onde candidatos discutiam a exclusão de sua imagem de materiais de convocação para um evento de filiação.
O ex-presidente expressou descontentamento com a atitude, especialmente por parte de membros do próprio PL, seu partido. Bolsonaro comunicou à presidência estadual do PL, liderada por Marcos Pollon, sobre as medidas necessárias. Ele sugeriu que, se os pré-candidatos do PL desejam atrair votos da esquerda, deveriam assumir uma postura alinhada com pautas como Hamas, ideologia de gênero, aborto, liberação da maconha, desencarceramento e fim da propriedade privada.
Um print que vazou mostrou pré-candidatos sugerindo a retirada da foto de Bolsonaro de um encarte para um evento em Coxim. Eduardo Introvini, pré-candidato a vice, propôs a remoção da foto para aumentar a adesão. Salette Bell, candidata a prefeita, explicou que a arte já vinha padronizada de Campo Grande, mas sugeriu a criação de uma separada.
Salette ponderou que as pessoas precisam participar do evento para ouvir as propostas, enquanto Introvini destacou que a figura de Bolsonaro ainda divide a população. Ele discordou do posicionamento da presidência do partido sobre Bolsonaro, argumentando que o foco deveria ser na bandeira do partido, não no nome de Bolsonaro, pelo menos por enquanto.
Além disso, há repercussões para os pré-candidatos em Coxim que expressaram preocupação ao aparecerem em fotos com Bolsonaro. Eles podem perder a legenda do PL para concorrer nas eleições de outubro, conforme relatado. O caso foi encaminhado ao conselho de ética nacional do partido, e a candidatura desses membros pode ser inviabilizada.
Em Dourados, o presidente estadual do PL, Marcos Pollon, reforçou a posição do partido, afirmando que o PL em Mato Grosso do Sul é associado a Bolsonaro. Ele criticou aqueles que são chamados de "melancia", verde por fora e vermelho por dentro, em referência ao PT. Pollon defendeu a candidatura nos 79 municípios, mesmo reconhecendo que o partido terá recursos limitados para a campanha.