Por redação
Os próximos dias serão cruciais para o futuro político do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. Após a insatisfação com o PSD, que optou por apoiar o candidato do PSDB, Beto Pereira, para a Prefeitura de Campo Grande, Marquinhos busca uma nova legenda para disputar o cargo de vereador na capital.
Sem um partido definido, Marquinhos está em conversas com diversas lideranças e cogita filiar-se a partidos liderados por dois ex-rivais da última eleição para o Governo do Estado: Rose Modesto (União) e André Puccinelli (MDB).
Convidado por Luiz Henrique Mandetta, Marquinhos demonstrou interesse em ingressar no União Brasil, mas enfrenta resistência de candidatos a vereador que temem a entrada de um concorrente forte. Embora reconheçam o potencial de Marquinhos para angariar votos, também temem perder espaço com sua chegada.
Caso não encontre espaço no União, Marquinhos pode optar pelo retorno ao seu antigo partido, o MDB, por intermédio de André Puccinelli, seu antigo desafeto. Quando deixou o MDB, Marquinhos argumentou que buscava um espaço onde pudesse disputar a eleição na Capital.
Segundo apurações, Marquinhos recebeu um sinal positivo de Puccinelli para retornar ao MDB, e a filiação pode acontecer nos próximos dias, quando ambos se reunirão para acertar os detalhes da volta.
A dinâmica política mudou desde que Marquinhos estava em seu último ano de mandato como prefeito, quando seu principal aliado era o PSDB, atual rival. Naquela época, Reinaldo Azambuja (PSDB), então governador, decidiu apoiar a reeleição de Marquinhos como forma de agradecimento por seu apoio à própria reeleição para o Governo do Estado.
O acordo entre Reinaldo e Marquinhos resultou na saída de Rose do PSDB, insatisfeita por não ter espaço no partido. Agora, em conflito com Nelsinho Trad, que decidiu apoiar o PSDB, Marquinhos busca alianças com seus antigos rivais para enfrentar os antigos parceiros.
De maneira curiosa, o ex-prefeito se filiará a um partido que será rival de sua vice-prefeita, Adriane Lopes, que tentará a reeleição pelo Partido Progressista (PP). Quatro anos atrás, Marquinhos trabalhou para impedir que o PSDB indicasse o vice, assegurando a vaga para Adriane.