Com a chegada do outono e o aumento da estiagem, alerta de incêndios florestais ganham força no Pantanal

O prognóstico realizado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul) é que de que no outono os índices de precipitação acumulada sejam ainda menores

21/03/2024 00h00 - Atualizado em 21/03/2024 às 16h29

Por redação

Com a chegada do outono em Mato Grosso do Sul, a estiagem persiste e as chuvas continuam escassas, conforme previsão do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul). A expectativa é de que o próximo trimestre, entre abril e junho, apresente índices de precipitação acumulada abaixo da média histórica, agravando ainda mais a situação já enfrentada durante o verão, caracterizado pela falta de chuvas.

Essa condição climática aumenta a preocupação com os incêndios florestais, especialmente no Pantanal, onde as chuvas têm estado abaixo da média desde novembro de 2023. Essa ausência de chuvas contribuiu para o aumento dos incêndios nos últimos meses do ano passado e em janeiro deste ano, períodos em que geralmente não ocorrem devido às chuvas intensas típicas do período de cheia.

Além da escassez de chuvas, o Cemtec prevê um trimestre “bem mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul”. Isso se reflete nas temperaturas máximas do ar registradas em fevereiro deste ano, que ficaram entre 37°C e 40°C, evidenciando um período mais quente que o habitual.

Essa situação climática, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, está relacionada à atuação do fenômeno El Niño, que deverá apresentar um enfraquecimento gradual nos próximos meses. A transição para a neutralidade do fenômeno ENOS para o próximo trimestre é projetada, enquanto há uma probabilidade de ocorrência de La Niña no segundo semestre.

A seca em Mato Grosso do Sul tem sido acompanhada pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), que confirmou a seca na Bacia do Rio Paraguai, afetando também o estado do Mato Grosso. Diante desse cenário, um plano de ação está sendo elaborado para mitigar os efeitos da seca, envolvendo representantes de diversas agências da União e do Estado, como o Cemtec e o Comitê do Fogo.

A preocupação com os baixos níveis dos rios nos próximos meses motivou a realização de reuniões para compartilhar informações e identificar medidas necessárias para lidar com os impactos da estiagem. A falta de chuvas, aliada às altas temperaturas, tem sido um desafio constante, exigindo a adoção de estratégias para lidar com essa situação climática adversa.


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