De acordo com estudo, todos os japoneses poderão ter o sobrenome “Sato” até 2531

Dos mais de 300 mil sobrenomes no Japão, Sato é o mais comum, seguido por Suzuki e Takahashi; regra tradicional do país ainda exige legalmente que casais compartilhem o mesmo sobrenome

04/04/2024 00h00 - Atualizado em 04/04/2024 às 19h31

Por redação

No Japão, um novo estudo sugere que todos poderão ter o mesmo sobrenome eventualmente, a menos que as leis restritivas de casamento mudem. No entanto, a queda na taxa de casamento e o rápido declínio populacional podem contradizer essa tendência.

Diferentemente de muitas das principais economias mundiais que aboliram essa tradição, o Japão ainda requer legalmente que os casais compartilhem o mesmo sobrenome, geralmente o do marido. Movimentos estão surgindo para mudar essas regras, liderados por defensores dos direitos das mulheres e por aqueles que valorizam a diversidade dos sobrenomes japoneses.

Segundo um estudo liderado pelo economista Hiroshi Yoshida, da Universidade Tohoku, todos os japoneses poderiam ter o sobrenome "Sato" até 2531, se as regras permanecerem as mesmas. Atualmente, "Sato" é o sobrenome mais comum no Japão, seguido por "Suzuki" e "Takahashi".

Yoshida, cujo sobrenome é o 11º mais comum, faz parte do "Think Name Project", um grupo que defende mudanças legais para permitir que os casais mantenham ambos os sobrenomes após o casamento. No entanto, ele reconhece que essa projeção depende de questões como a taxa de casamento, que tem diminuído constantemente.

O Japão enfrenta uma crise populacional, com uma taxa de fertilidade de 1,3, bem abaixo do necessário para manter a população estável. O envelhecimento da população também é um problema, com os idosos representando uma proporção cada vez maior.

O primeiro-ministro Fumio Kishida alertou sobre essa crise, destacando a queda na taxa de natalidade e suas consequências para as funções sociais do país. Além disso, em muitos países da Ásia oriental, os sobrenomes são menos diversos, e a extinção de nomes é um fenômeno natural devido ao processo Galton-Watson, especialmente em sociedades patrilineares.


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