Por Andrella Okata
Residentes em Mato Grosso do Sul que sofrem de fibrilação atrial, conhecida como arritmia cardíaca, podem se voluntariar para uma pesquisa internacional que visa contribuir para o avanço no tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico, a forma mais comum de AVC, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos no cérebro.
Os interessados serão submetidos a uma avaliação inicial e posteriormente acompanhados por dois anos no Hospital Maria Aparecida Pedrossian (Humap), em Campo Grandena Capital. O Humap é uma das sete instituições de saúde no Brasil que está recrutando pacientes para participar da pesquisa internacional realizada pela empresa farmacêutica estadunidense Anthos Therapeutics.
Conhecido como estudo Gardenia, a pesquisa está sob coordenação do cardiologista Delcio Gonçalves, e subcoordenação da médica cardiologista Adriana Lugo Ferrachini no Humap. Até o momento, sete pacientes já estão participando da pesquisa, com a meta de alcançar 30 voluntários no estado.
Um critério importante para a participação é que os pacientes não estejam utilizando medicação anticoagulante. Não há restrições em relação à idade ou origem da arritmia cardíaca. Os voluntários não serão submetidos a nenhum tratamento medicamentoso durante o estudo, podendo manter o uso de medicações que já estejam em uso. Trata-se de um estudo não intervencionista, onde os participantes serão inicialmente avaliados e, em seguida, submetidos a quatro consultas para avaliar a taxa de sangramento cerebral, conforme explicado por Adriana.
De acordo ainda com a cardiologista, uma das dificuldades no tratamento do AVC é que os anticoagulantes são contraindicados para alguns pacientes. Esses medicamentos desempenham um papel importante na prevenção do AVC, tornando a contraindicação preocupante para pacientes com arritmia cardíaca, uma das principais causas de sangramento cerebral prévio ao AVC.