Por: Andrella Okata
A cultura corporativa está passando por mudanças que dão cada vez mais importância ao bem-estar dos profissionais. Uma das tendências que vem ganhando popularidade, inclusive em algumas empresas, é a adoção da política da "short friday", que na tradução para a língua portuguesa significa "sexta-feira curta".
Nessa iniciativa, os funcionários podem encerrar o expediente na sexta-feira mais cedo, geralmente às 13h, e faz parte também de outra cultura que tem sido valorizada no mundo corporativo, que é a do bem-estar profissional.
A implementação desse modo de flexibilização da jornada de trabalho varia de empresa para empresa, e embora não haja uma legislação específica que regule essa política, é importante destacar que as empresas não descontam do salário as horas não trabalhadas nesse período reduzido de expediente. Cabe a cada uma delas determinar o horário de liberação dos funcionários, se haverá necessidade de compensação em outro dia da semana, se o benefício será formalizado no contrato e a quais áreas ele se aplicará.
Uma pesquisa realizada pela Mercer Marsh Benefícios no primeiro semestre de 2023, com 850 empresas brasileiras, apontou que 78% delas oferecem algum tipo de flexibilidade na jornada, e destas, 13% aderiram à "short friday". As empresas participantes da pesquisas são dos setores financeiro, de tecnologia, manufatura, bens de consumo não duráveis, agropecuária e da área da saúde.
A Bayer também aderiu à tendência. Desde 2011, a empresa implementou essa medida, que consiste na compensação de horas ao longo da semana, beneficiando os funcionários das áreas administrativas, como comunicação, recursos humanos e tecnologia da informação. Lá, o horário padrão da "short friday" na Bayer é das 7h30 às 13h30, porém a empresa oferece aos funcionários a flexibilidade de entrar até duas horas mais tarde, permitindo que saiam duas horas depois do horário habitual, o que também é válido às vésperas de feriados nacionais. Outra curiosidade sobre essa implementação por parte da Bayer, é de que a "short friday" é voluntária, ou seja, os funcionários optam por aderir ou não a essa prática.
A tendência de adotar políticas como essa, reflete a busca das empresas por atrair e reter talentos, respondendo às demandas dos funcionários por um ambiente de trabalho mais equilibrado e flexível.