Por Andrella Okata
A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) divulgou na última terça-feira (9), dados que revelam uma projeção de produção de soja na safra 2023/2024 13,89% menor do que o estimado no início do ciclo, com base em análise feita em 690 mil hectares pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS).
A previsão era de 13,8 milhões de toneladas para esta safra, e agora, com a nova análise, espera-se que o estado produza cerca de 12,923 milhões de toneladas do grão. A estima de produtividade caiu 19,2% em relação à projeção incial, e será de aproximadamente 50,5 sacas por hectare.
Segundo o presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, essa redução nas estimativas é resultado das condições climáticas desfavoráveis enfrentadas durante a produção e produtividade da soja. De acordo com Michelc, a falta de chuva é um problema enfrentado pelos produtores desde o plantio, o que resultou em atrasos no plantio e na necessidade de replantar 240 mil hectares. "Agora, esses desafios estão refletindo nos resultados das lavouras, com baixa produtividade e desuniformidade, afetando a geração de receita das propriedades", complementa.
A colheita da soja em Mato Grosso do Sul está prevista para encerrar na última semana de abril, quando os dados finais de área, produtividade e produção serão confirmados. Aproximadamente 93,8% da área total do estado já foi colhida até o momento, o que corresponde a 4,001 milhões de hectares.
A região sul do estado apresenta a colheita mais avançada, com 96,5% da área colhida, seguida pela região central, com 93,6%, e a região norte, com 83,1% da área colhida. Comparando com o mesmo período do ano passado, a operação de colheita está 1,6% mais lenta.