Por Victória Bissaco
A picada de um mosquito pode custar a vida de muitos. Esse cenário define a dengue, transmitida pelo Aedes aegypti, que pode progredir para quadros graves. Até o momento, não há um medicamento contra a doença, o que deixa escancarada a urgência de medidas para combatê-la.
A forma mais eficaz de interromper a transmissão dessa doença é evitar o acúmulo de lixo e não deixar a água parada. A enfermeira da Área Técnica de Doenças Endêmicas da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Bianca Modafari explica que a população pode fazer sua parte para impedir a proliferação dos focos do mosquito.
"O que sempre reforçamos com a população é a eliminação dos criadouros. Então, não deixar água parada, tampar caixas d'água, fazer uso de repelentes de forma rotineira. São medidas que toda a população consegue estar fazendo e que a gente já vai ver uma redução do cenário tecnológico".
Em números, o Boletim Epidemiológico da doença divulgado em 05 de março traz 1.934 casos confirmados de dengue em Mato Grosso do Sul neste ano. Os resultados compreendem dados coletados entre 01 de janeiro a 02 de março, em todos os municípios do estado. De casos prováveis, isto é, de pacientes que apresentaram os sintomas e realizaram o teste, do qual ainda não obtiveram resposta, são 5.854.
Bianca Modafari explica que, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma redução do cenário epidemiológico da dengue no estado. Na semana do dia 02 de março de 2023, por exemplo, o Boletim Epidemiológico trouxe 8.176 casos prováveis da doença no estado e 3.632 confirmados. No quesito óbito confirmados, foram dois, enquanto neste ano, a SES confirmou uma morte pela doença. "Esse cenário representa uma redução de 40% em comparação ao mesmo período de 2023. Então, nesse cenário nós estamos em baixa, porém ainda somos um estado endêmico e alarmante para o caso de dengue".
A definição do Ministério da Saúde para a dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave. Alguns fatores impactam no cenário dela, como o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais, dentre eles, diabetes, asma brônquica, anemia falciforme, isto é, doenças crônicas.
A pessoa infectada pela dengue pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos em nariz e gengivas, dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica indica um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
A enfermeira da SES, Bianca Modafari aponta que buscar um médico quando há aparecimento dos sintomas é fundamental para evitar quadros mais graves da dengue. "A gente pede que, quando o paciente estiver sintomático, vá na unidade de saúde, porque assim a gente sabe qual é o cenário real do agravo no nosso estado".
Desafogando os casos
A dengue é um problema de saúde pública no Brasil, principalmente no verão. Conforme o Instituto Butantan, pessoas que foram infectadas uma vez pela doença podem vir a ser reinfectados depois por outro subtipo do vírus. Quando isso acontece, o caso é muito mais grave, com risco aumentado de morte.
Em todo o país, há uma vacina contra a dengue, que começou a ser aplicada em fevereiro. O imunizante Qdenga foi desenvolvido pelo laboratório Takeda Pharma e utiliza vírus vivo atenuado para estimular a resposta do organismo aos quatro tipos da doença, sendo necessárias duas doses para completar o ciclo vacinal.
As faixas etárias alvos são crianças de 10 a 14 anos, que concentram o maior número de hospitalizações por dengue, de acordo com o Ministério da Saúde. Em Mato Grosso do Sul, as vacinas começaram a ser distribuídas em 10 de fevereiro e contemplaram os 79 municípios do estado.
Inicialmente, apenas crianças de 10 e 11 anos poderiam se imunizar, contudo, no dia 26 de fevereiro, a faixa foi ampliada para os 14 anos. A coordenadora de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Ana Paula Goldfinger explica que a baixa procura influenciou na expansão dos alvos. “Tivemos uma reunião junto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) e ele autorizou os estados que se sentirem confortáveis a fazer essa ampliação, podem fazer. Considerando que aqui no estado os 79 municípios receberam vacina, temos a totalidade. Um longo trabalho a ser feito, então pensando que precisamos ofertar o mais rápido possível, trazemos a ampliação não mais de 10 e 11 anos, mas de 10 a 14 anos”.
Desafogando os casos
A dengue é um problema de saúde pública no Brasil, principalmente no verão. Conforme o Instituto Butantan, pessoas que foram infectadas uma vez pela doença podem vir a ser reinfectados depois por outro subtipo do vírus. Quando isso acontece, o caso é muito mais grave, com risco aumentado de morte.
Em todo o país, há uma vacina contra a dengue, que começou a ser aplicada em fevereiro. O imunizante Qdenga foi desenvolvido pelo laboratório Takeda Pharma e utiliza vírus vivo atenuado para estimular a resposta do organismo aos quatro tipos da doença, sendo necessárias duas doses para completar o ciclo vacinal.
As faixas etárias alvos são crianças de 10 a 14 anos, que concentram o maior número de hospitalizações por dengue, de acordo com o Ministério da Saúde. Em Mato Grosso do Sul, as vacinas começaram a ser distribuídas em 10 de fevereiro e contemplaram os 79 municípios do estado.
Inicialmente, apenas crianças de 10 e 11 anos poderiam se imunizar, contudo, no dia 26 de fevereiro, a faixa foi ampliada para os 14 anos. A coordenadora de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Ana Paula Goldfinger explica que a baixa procura influenciou na expansão dos alvos. “Tivemos uma reunião junto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) e ele autorizou os estados que se sentirem confortáveis a fazer essa ampliação, podem fazer. Considerando que aqui no estado os 79 municípios receberam vacina, temos a totalidade. Um longo trabalho a ser feito, então pensando que precisamos ofertar o mais rápido possível, trazemos a ampliação não mais de 10 e 11 anos, mas de 10 a 14 anos”.
Também é importante trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; tampar ralos; catar sacos plásticos e lixo do quintal, entre outras medidas que impeçam o acúmulo de água e de sujeiras.