Altas temperaturas no verão Europeu provoca perda de 10% de gelo em 2023

Grande derretimento nos Alpes é resultado de mudanças climáticass e podem ser tornar um problema futuro, segundo a OMM

20/04/2024 00h00 - Atualizado em 23/04/2024 às 14h52

Por Andrella Okata

Em 2023, o derretimento dos Alpes alcançou um nível alarmante. De acordo com o relatório climático divulgado pelo observatório europeu Copernicus em colaboração com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta segunda-feira (22), a perda de gelo representou cerca de 10% do volume total entre 2022 e 2023.

Os Alpes se extendem por 1.200 quilômetros e ocupam cerca de 200.000 km², é a região montanhosa mais alta e extensa de toda a Europa. A cadeia atravessa o território de oito países: Alemanha, Áustria, Eslovênia, França, Itália, Liechtestein, Mônaco e Suíca.

As altas temperaturas durante o verão europeu, junto com uma menor quantidade de dias com neve — menor acúmulo de gelo, foram os principais fatores desse derretimento. A onda de calor afetou o ciclo hidrológico (menos água armazenada no solo reflete em menos recurso hídrico para o degelo na primavera), e também um ciclo fisiológico, onde a menor cobertura de neve expõe a superfície à luz solar que, com mais calor a ser absorvido reflete em temperaturas mais altas que o normal durante todo o ano.

Outras mudanças são preocupantes segundo o relatório publicado, como o aumento da temperatura média dos oceanos que banham o continente Europeu, alteração na quantidade de chuvas e nível dos rios e a mudança do clima no Ártico. Esses eventos são atribuídos às mudanças climáticas, que podem se tornar mais frequentes e trazer problemas mais intensos futuramente.


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