Após 9 anos, UFMS sinaliza indicativo de greve

Decisão foi tomada em Assembleia na última terça-feira (23), e espera-se 100% de adesão por parte dos docentes

22/04/2024 00h00 - Atualizado em 02/05/2024 às 14h13

Por Andrella Okata

Na última terça-feira, dia 23, a Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ADUFMS) aprovou por maioria a deflagração de greve na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a partir do dia 1º de maio. Serão suspensas as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pelos docentes.

Foram 150 votos a favor e 52 contra, em uma votação realizada de forma híbrida e que teve ainda outras duas obstenções de voto. Além dos docentes do câmpus de Campo Grande, participaram ainda os dos campus de Aquidauana (CPAQ), Corumbá (CPan) e Três Lagoas (CPTL).

Legalmente, é previsto que esses reajustes sejam feitos anualmente, o que não acontece desde 2017. A reivindicação é por reajuste salarial de 22%, com divisão em três parcelas (2024, 2025 e 2026), que contemple também os aposentados e aposentadas — além de equiparação dos benefícios aos poderes legislativo e executivo, reestruturação das carreiras e recomposição de orçamento das universidades.

Considerados serviços essenciais, o Hospital Universitário (HU) e o Restaurante Universitário (RU) não devem paralisar as atividades.

Além dos docentes da UFMS, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) também aderiram à greve, desde o dia 3 de abril. Os campus do IFMS afetados pela paralisação incluem Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina e Ponta Porã.

POSSIBILIDADE DE NÃO ADESÃO

Apesar de algumas discordâncias, espera-se uma adesão total à greve pois há ainda a possiblidade de não adesão por parte de alguns professores e cursos, visto o número de votos contrários à paralisação. A ADUFMS fará mobilizações pelas unidades até o dia primeiro de maio, de forma a conscientizar e sensibilizar os professores sobre a importância da causa.

A última greve aconteceu em 2015, quando os professores pararam as atividades por quase 5 meses, causando um impacto significativo no ano letivo.


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