Por redação
Nos últimos dez anos, o Brasil testemunhou uma significativa redução no número de jovens filiados a partidos políticos, com uma queda de 56,51%. Em 2014, o contingente de jovens entre 16 e 24 anos vinculados a partidos políticos totalizava 415.471. Uma década depois, esse número caiu para 180.717 jovens filiados.
De acordo com levantamento realizado pelo Jornal O Globo com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSOL lidera o número de jovens filiados, com 19.048 membros, seguido pelo PT, com 17.413; MDB, com 15.094; PL, com 10.689; e PSDB, com 8.603.
Partidos tradicionais, que dominavam a liderança há uma década, foram os mais afetados pela redução. O MDB viu seu número de jovens filiados diminuir de 37,6 mil para 15 mil; o PSDB, de 30,7 mil para 8,6 mil; e o PT, de 53,7 mil para 17,4 mil.
Em 2014, o PT liderava em número de jovens filiados, com 53.784 membros, antes de reduzir para 33.074 em 2016, 18.556 em 2018, 9.167 em 2020, 15.998 em 2022, e alcançar 17.413 em 2024. O MDB ocupava o segundo lugar em 2014, com 37.645 membros, antes de cair para 32.722 em 2016, 27.270 em 2018, 17.207 em 2020, 16.269 em 2022, e atingir 15.094 atualmente.
O PL, que em 2014 não contava com Jair Bolsonaro entre seus filiados, tinha 14.789 jovens, passando para 11.165 em 2016, 10.240 em 2018, 5.855 em 2020, 6.867 em 2022, e atualmente registra 10.689. O PSOL, que lidera atualmente, contava com 10.422 membros, aumentando para 11.628, 13.583 em 2018, 14.933 em 2020, 15.060 em 2022, e alcançando 19.048 hoje.
