Por Andrella Okata
O dólar à vista subiu pouco mais que 1% nesta quinta-feira (9). O receio de uma postura mais flexível do Banco Central na contenção da inflação, especialmente a partir de 2025, quando os indicados pelo governo Lula serão maioria na instituição, impulsionou esse aumento.
Essas cotações refletem também em um aumento do risco no Brasil, após a decisão do Banco Central sobre a Selic.
O dólar fechou a R$ 5,1432 na venda, com uma alta de 1,02%, embora em maio a divisa ainda acumule uma queda de 0,95%. O Ibovespa caiu para 128.188 pontos, com um volume financeiro somado em R$ 25,67 bilhões.
O Banco Central reduziu o ritmo de corte da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na Selic, para 10,50% ao ano, com um placar de votação dividido em 5x4, sem indicação clara sobre o futuro dos juros básicos.
O mercado deve precificar juros menores para 2025 e 2026, refletindo a visão de alguns diretores indicados pelo presidente Lula de que a taxa deveria estar em níveis mais baixos.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) é vista como um equilíbrio entre prudência e reatividade diante de um ambiente econômico incerto, buscando manter os objetivos de estabilidade de preços e crescimento sustentável.
Mesmo com o corte, o Brasil continua na segunda posição mundial em termos de juros reais, atrás apenas da Rússia. Em termos nominais, o país está em sexto lugar, acima da África do Sul, Hungria e Chile, e abaixo da Argentina, Turquia, Rússia, Colômbia e México.