Por Andrella Okata
Um bilionário do ramo imobiliário de luxo dos EUA e um explorador de águas profundas estão se preparando para uma expedição aos destroços do Titanic a bordo de um submersível. Isso ocorre quase um ano após a tragédia que vitimou cinco pessoas durante uma jornada rumo ao Titanic, onde ocorreu a implosão do submarino.
Larry Connor, um magnata aventureiro originário de Ohio - EUA, e Patrick Lahey, cofundador da Triton Submarines, têm como objetivo alcançar os 3.800 metros de profundidade onde repousa o Titanic, no Oceano Atlântico Norte.
Ainda não há cronograma definido para a expedição, porém, na última terça-feira (28), um porta-voz da empresa de Connor afirmou que a expedição irá ocorrer após a completa certificação do submarino por uma autoridade marítima.
CONHEÇA O MODELO DO SUBMARINO TRITON
O Triton 4000 tem casco de acrílico e é controlado por um joystick. O projeto bilionário, que não teve o custo divulgado, incorpora tecnologia de ponta e engenharia naval avançada.
Produzido pela Triton Submarine, uma empresa com décadas de experiência no mercado, o submarino tem 4,45 metros de comprimento, 2,75 metros de largura, e pesa 12 toneladas. Equipado com "asas" que permitem manobras precisas mesmo em espaços reduzidos, seu amplo casco de acrílico proporciona uma visão de 320° do fundo do oceano.
Ao contrário do submarino Titan, que implodiu, e só podia descer a 1.300 metros, o Triton 4000 pode alcançar com segurança os 4.000 metros em menos de duas horas, embora possua resistência para uma viagem de até 12 horas. Já licenciado para uso comercial, os empresários planejam desenvolver um modelo personalizado para a expedição, estimando que estará pronto em 2026 com um custo na casa dos milhões de dólares.
TRAGÉDIA EM 2023
A tragédia envolvendo o submarino Titan, construído pela OceanGate, no ano anterior revelou falhas graves de segurança. O acidente, ocorrido em junho de 2023, resultou na morte do CEO da OceanGate, Stockton Rush, de 61 anos, e de outros quatro passageiros: o empresário britânico-paquistanês Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho Suleman, de 19; o empresário britânico Hamish Harding, de 58; e o francês Paul-henry Nargeolet, de 77, ex-comandante da Marinha Francesa, bastante respeitado no campo da pesquisa subaquática.
Rush, conhecido por desafiar limites de segurança, ignorou alertas de consultores sobre possíveis problemas com o Titan. As investigações das autoridades dos EUA e do Canadá estão em curso.
