Por Andrella Okata
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizará pela primeira vez um medicamento específico para tratar a demência associada à doença de Parkinson. A Rivastigmina, única medicação registrada no país para essa finalidade, foi incorporada ao SUS através de uma portaria publicada pelo Ministério da Saúde no dia 21 de junho.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a inclusão da rivastigmina, que tem mostrado eficácia no controle dos sintomas cognitivos da doença. Aproximadamente 30% dos pacientes com Parkinson desenvolvem demência associada, condição para a qual até então não havia tratamento medicamentoso disponível no SUS.
A demência associada ao Parkinson causa lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, além de alucinações, delírios e apatia. "Sabemos que o envelhecimento da nossa população já é uma realidade. A doença de Parkinson não tem cura e tem afetado parcela significativa de brasileiros e essas pessoas, seus familiares e cuidadores precisam contar com o SUS para terem acesso a tratamentos que propiciem uma vida melhor," afirmou Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde.
DOENÇA DE PARKINSON
O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, atrás apenas do Alzheimer. Atualmente, entre 100 e 200 casos de Parkinson são diagnosticados para cada 100 mil pessoas com mais de 40 anos.
O SUS já oferece tratamentos medicamentosos, fisioterapêuticos, além de implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral aos pacientes com Parkinson. Os principais objetivos dos tratamentos são deter a progressão da doença e diminuir seus sintomas.