Novo Hospital Municipal de Campo Grande será concluído em dois anos com capacidade para 259 leitos

Previsão de entrega é para julho de 2026; hospital oferecerá 1.500 internações mensais e diversos serviços especializados

01/07/2024 00h00 - Atualizado em 01/07/2024 às 16h30

Por Lauren Netto

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), assinou, nesta segunda-feira (01), a autorização para o processo licitatório da construção do Hospital Municipal de Campo Grande, no Bairro Chácara Cachoeira. A previsão de entrega é de 24 meses (a partir de julho de 2024). A expectativa é de que o hospital realize, mensalmente, 1.500 internações, 2.500 atendimentos de emergência, 13.500 consultas e 13.500 exames.

O hospital terá 259 leitos, sendo 49 de emergência, 20 leitos de UTI (10 pediátricos e 10 adultos) e 190 leitos de enfermaria (60 pediátricos, 60 para homens adultos e 70 para mulheres adultas).

Contará com UTI adulta e pediátrica, 10 salas de cirurgia, 53 consultórios e 19 salas de exame (audiometria, eletrocardiograma, eletroencefalograma, eletroneuromiografia, ecocardiograma, ergometria, hemodinâmica, mamografia, radiografia, ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia, endoscopia, colonoscopia).

A construção será no modelo "Built to Suit", que em tradução livre para o português significa "construído para se adequar". Trata-se de uma espécie de locação na qual o imóvel foi construído ou reformado pelo futuro locador de acordo com as exigências e parâmetros feitos pelo futuro locatário. O hospital terá quatro pavimentos, sendo um subsolo, térreo, primeiro e segundo andares, além de um centro de diagnósticos, laboratório, guarita, jardim e estacionamento com 225 vagas.

O investimento total será de 210 milhões de reais para um hospital com 15 mil metros quadrados de área construída. A fachada terá 30% de cobertura de vidro, facilitando a iluminação natural e diminuindo a dependência de energia elétrica, que será alternativa (solar).

Lançamento e expectativas

O empreendimento, que vai ampliar em 259 o número de leitos na Capital, representa um marco na saúde pública do município e sai do papel após 10 anos no Plano Municipal de Saúde.

Durante a assinatura, a prefeita Adriane Lopes ressaltou a importância da construção para a saúde do município e estado. “Nós somos uma Capital de quase 1 milhão de habitantes, mas que atende mais de 1,6 milhões de pacientes do SUS. Esse hospital vai somar às vagas já existentes e ampliar o atendimento para a população, em uma área de 14.914 metros, que também é próxima a outros hospitais. Com um modelo rápido, eficiente e que se encaixa à realidade de Campo Grande”.

Conforme a prefeita, será possível ampliar a oferta de serviços e absorver parte da demanda reprimida por exames de diagnóstico e cirurgia, ofertando mais de 20 mil procedimentos por mês, entre consultas, exames e cirurgias.


“A construção do HMCG vai ajudar a absorver a demanda de pacientes que hoje se encontram nas dez unidades de urgência e emergência do município, além de boa parte da fila por exames e procedimentos de pequeno e médio porte, que caso não sejam realizados com maior brevidade possível podem evoluir para complicações maiores, aumentando assim a complexidade e sobrecarregando ainda mais os serviços”, diz a prefeita.


O complexo irá reunir em um só local o atendimento especializado e de diagnóstico, oferecendo procedimentos de cirurgia geral, como hérnia, vesícula, oftalmologia, ortopedia e pediatria, além de exames de ressonância, tomografia, ultrassom, colonoscopia, endoscopias, entre outros.

Participação e impacto

A senadora Tereza Cristina participou do lançamento e expressou sua felicidade pelo projeto na sua terra natal. “Para mim é uma felicidade participar desse lançamento tão importante na cidade que eu tanto amo, que eu nasci. Esse lugar que vai desafogar a rede municipal de saúde, ampliar as vagas e leitos e deixar um legado de melhora na saúde do nosso Estado”.


Segundo estimativa da Sesau, serão realizadas mensalmente 1.500 internações, 1.000 cirurgias, 2.500 atendimentos de pronto atendimento, 13.500 consultas médicas e 13.500 exames de imagem.


A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, explica que o processo licitatório deve ser publicado em diário oficial. A previsão é de que o projeto executivo seja concluído em 90 dias e, logo em seguida, a obra seja iniciada com prazo de execução de até 24 meses.


Sustentabilidade e aprovação da comunidade

O HMCG foi projetado respeitando os princípios da sustentabilidade. Ele será pré-moldado, o que permite a redução de resíduos durante a construção, gerando menos entulho. A fachada terá 30% de cobertura de vidro, facilitando a iluminação natural e diminuindo a dependência de energia elétrica, que será alternativa (solar).


Para o presidente da Associação de Moradores do Bairro Vivendas do Parque, Paulo Alves Lunguinho, o anúncio da construção do hospital municipal representa uma conquista para a população campo-grandense. “Tenho certeza de que ele vai suprir a necessidade dos leitos que faltam aqui na Capital, tendo em vista que muitas pessoas do interior vêm para a capital e usam os leitos que poderiam ser da própria população de Campo Grande”, comenta.


O presidente da Associação de Moradores do Conjunto Habitacional Aero Rancho Setor 6, Adejair Nabhan de Oliveira, também comemorou mais esse avanço para a saúde de Campo Grande. “Nós estamos muito felizes com o anúncio da construção do hospital. Recentemente, nossa região foi contemplada com a reforma do Complexo de Saúde do Aero Rancho. Hoje, no complexo, temos o CAPS Aero Rancho, a USF Aero Rancho e o CRS 24 Horas Aero Rancho”, concluiu.


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