Após lançar candidatura de protesto, Pollon pode perder presidência do PL em Mato Grosso do Sul

Tenente Portela, aliado de Bolsonaro, é indicado para substituição

01/07/2024 00h00 - Atualizado em 05/07/2024 às 18h35

Por Redação

O deputado federal Marcos Pollon está prestes a perder a presidência do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul após um protesto contra a aliança de Jair Bolsonaro com o PSDB. Tenente Portela, amigo pessoal de Bolsonaro e atual presidente municipal do partido, é o mais cotado para assumir o comando estadual.

A substituição ocorre após Pollon criticar abertamente o acordo entre Bolsonaro, Reinaldo Azambuja (PSDB) e Eduardo Riedel (PSDB) para apoiar o candidato tucano em Campo Grande, Beto Pereira. Portela viajou a Brasília nesta quarta-feira para discutir a situação diretamente com Bolsonaro.

Pollon assumiu a presidência do partido por indicação de Bolsonaro, substituindo o deputado federal Rodolfo Nogueira. Ele tinha a missão de organizar o partido para as eleições, reunindo cerca de 40 pré-candidatos, a maioria críticos das gestões do PSDB. Inicialmente, Pollon lançou-se como pré-candidato, mas desistiu para se dedicar ao Proarmas em Brasília. No entanto, na semana passada, ele relançou sua candidatura em protesto contra a aliança com o PSDB.

A atitude de Pollon gerou descontentamento no diretório nacional do PL, que agora deve optar por Tenente Portela para a liderança estadual. Portela, que já havia sido indicado por Bolsonaro para a presidência do diretório municipal em Campo Grande, ocupou o cargo de chefe da Defesa Civil na gestão de Adriane Lopes (PP) antes de ser convocado por Bolsonaro para assumir funções partidárias.

Portela chegou a lançar Rafael Tavares como pré-candidato com o aval de Bolsonaro, mas retirou a candidatura após novas diretrizes do ex-presidente. Em meio a esses movimentos, Bolsonaro e a senadora Tereza Cristina estavam negociando apoio a Adriane Lopes. No entanto, um acordo de última hora entre Reinaldo Azambuja, Eduardo Riedel, Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto mudou o cenário, favorecendo o PSDB.

Enquanto Pollon se opôs ao acordo, Portela manteve-se em silêncio. Segundo fontes, Portela retornou de Brasília acompanhado do grupo tucano, mas não comentou o assunto.


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