Aproximação de Riedel e Bolsonaro pode aumentar oposição na Assembleia

A recente aproximação causou estranhamento por parte do PT, partido que integra a base do governador

03/07/2024 00h00 - Atualizado em 03/07/2024 às 21h45

Por Andrella Okata

A recente aproximação entre o PSDB, representado por Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, e Jair Bolsonaro (PL) promete provocar mudanças significativas após as eleições de outubro. Com o apoio de Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, o grupo tucano é incentivado a fortalecer o PL, com a possibilidade de Eduardo Riedel se filiar ao partido futuramente.

As conversas entre os líderes não se limitaram à eleição deste ano, onde Bolsonaro já declarou apoio a Beto Pereira. Elas também abrangeram a eleição de 2026, na qual Riedel pode se filiar ao PL e concorrer como o candidato oficial de Bolsonaro em Mato Grosso do Sul.

Caso essa aliança se concretize, Riedel elimina um concorrente de peso, pois André Puccinelli (MDB) e Rose Modesto (União) já manifestaram apoio a ele desde o início de sua gestão.

Sem esses adversários, Riedel enfrentaria apenas Tereza Cristina (PP) e o partido Progressista como oposição significativa. Vale lembrar que Tereza foi uma aliada importante para Riedel na eleição passada, o que poderia evitar um confronto direto entre eles. No entanto, especulações sobre um possível conflito entre Reinaldo Azambuja e Riedel continuam a circular.

IMPACTOS NA ASSEMBLEIA

Na Assembleia Legislativa, a aproximação entre Riedel e Bolsonaro já resultou em provocações ao único deputado da oposição, João Henrique Catan (PL). Pedrossian Neto (PSD), vice-líder de Riedel, e outros deputados aliados deram as boas-vindas a Catan na base do governo.

A esquerda, representada pelo PT, não gostou da aproximação. O partido integra a base de Riedel e ocupa posições estratégicas como subsecretarias e a Agraer, e manifestou descontentamento. "Daí, fica difícil", comentou Pedro Kemp (PT).

Essa mudança de rumo na política estadual pode trazer novos desafios e redefinir as alianças políticas em Mato Grosso do Sul nos próximos anos.

O PT esperava uma parceria entre Vander Loubet (PT) e Reinaldo Azambuja, que agora parece improvável diante da nova aliança entre PSDB e Bolsonaro.


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