Por Andrella Okata
A diretório nacional do Partido Liberal (PL) está atenta à reação dos filiados do partido após o acordo firmado entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional, Valdemar da Costa Neto, com o PSDB em Mato Grosso do Sul.
Segundo apurado, um grupo foi designado para monitorar os filiados, especialmente os pré-candidatos, podendo até retirar a legenda daqueles que se mostrarem contrários ao acordo. A intenção é combater opositores internos que têm criticado os que seguiram as diretrizes de Bolsonaro e Valdemar.
Entre os principais críticos da aliança está o ex-deputado estadual Rafael Tavares. Ele chegou a ser lançado como pré-candidato, mas teve sua candidatura revogada pelo presidente do partido na Capital, Tenente Portela, alegadamente atendendo a um pedido de Bolsonaro.
Rafael Tavares tem utilizado as redes sociais para criticar o PSDB, inclusive ressaltando críticas feitas por Beto ao ex-presidente. Recentemente, ele postou: “Eu não voto no PSDB”, atribuindo ao partido a perda de seu mandato e culpando o sistema político.
O ex-presidente Jair Bolsonaro já comunicou sua decisão a lideranças como o deputado Coronel David, que entendeu a posição da cúpula nacional: "O partido decidiu por um caminho, de fortalecimento da direita. Aqueles que não entenderem e aceitarem, o presidente foi claro: que se busque outra alternativa. A decisão já está tomada", explicou.
Segundo Coronel David, a direção nacional está convicta de que esse caminho foi profundamente analisado para fortalecer o grupo e buscar apoio na base e na militância de direita, visando recuperar o poder no país.