Campo Grande recebe mural com pintura de tinta feita de cinzas de queimadas em homenagem aos brigadistas

O Festival Parede Viva visa conscientizar sobre questões socioambientais através da arte urbana

04/07/2024 00h00 - Atualizado em 08/07/2024 às 19h31

Por Andrella Okata

Campo Grande celebra a segunda edição do Festival Parede Viva com uma iniciativa inédita em Mato Grosso do Sul: um mural em homenagem aos brigadistas. O projeto irá destacar a figura de Dona Maria, líder indígena da Aldeia Mãe Terra e brigadista em Miranda (MS), através de uma pintura na empena de um edifício — que é uma lateral do prédio que não possui janelas ou aberturas —, no bairro Aero Rancho.

Utilizando uma tinta feita de cinzas de queimadas, o artista Victor Macaulin começou a obra nesta quinta-feira (4), em um prédio residencial de moradia popular. O mural faz parte do projeto "Cinzas da Floresta" e será dividido em duas empenas, sendo acompanhado por oficinas educativas para estudantes de escolas públicas próximas.

A programação do Festival também inclui a exibição do filme "Cinzas da Floresta", debates e oficinas de pintura com as cinzas, além de visitas dos alunos à empena para avaliação das atividades. As cinzas foram coletadas em diversos biomas do Brasil entre maio e julho deste ano, em colaboração com brigadas florestais e a Rede Nacional de Brigadas Voluntárias.

O documentário "Cinzas da Floresta", dirigido por André D'Elia, registra o processo de coleta das cinzas e sua transformação em pigmento para as tintas usadas no mural. Esta iniciativa não apenas homenageia os brigadistas, mas também promove a conscientização sobre os impactos das queimadas florestais.


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