Lentidão no escoamento da carne bovina no mercado interno deixa frigoríficos sem grandes estoques

Expectativa é de melhora nos preços do arroba do boi gordo

09/07/2024 00h00 - Atualizado em 09/07/2024 às 22h38

Por Andrella Okata

O mercado brasileiro de boi gordo segue com operações limitadas, focadas apenas em manter as programações de abate das indústrias, que atualmente se encontram em 10 dias, segundo informações da Agrifatto.

De acordo com a consultoria, os frigoríficos estão evitando formar grandes estoques de carne nas câmaras frias devido à lentidão no escoamento da carne bovina no mercado interno. A Scot Consultoria confirmou que a semana começou sem mudanças nos preços nas praças paulistas.

“Com uma boa oferta de boiadas e aumento no consumo de carne, esperado no início do mês devido aos pagamentos de salários, o mercado pecuário apresenta um cenário de equilíbrio”, observou a Scot.

Atualmente, nas regiões de São Paulo, as cotações do boi gordo estão fixadas em R$ 220/@, a vaca em R$ 197/@ e a novilha em R$ 212/@, conforme os dados da Scot. Já o “boi-China” (base SP) está cotado a R$ 225/@, um ágio de R$ 5/@ em relação ao boi "comum".

Na última semana, conforme apurado pela Agrifatto, o boi gordo continuou apresentando recuperação nas cotações. Graças ao câmbio e à oferta reduzida de boiadas, as cotações subiram 0,22% em comparação à semana anterior, fechando com média de R$ 227,30/@, segundo o indicador Cepea.

O indicador da consultoria apontou um avanço de 1,66% no mesmo comparativo semanal, com precificação média de R$ 224,65/@. “Com a maior média das últimas 8 semanas, os preços da arroba ainda têm espaço para melhorar no curto prazo, estimulados pela combinação de menor oferta de animais terminados, baixa disponibilidade de pastagem e o câmbio valorizado”, destacam os analistas da Agrifatto.

Dólar

A volatilidade permanece presente no câmbio brasileiro. Mesmo após recuar na quarta-feira (03/07), o dólar fechou a semana com valor médio de R$ 5,57, registrando alta de 1,39% no comparativo semanal. “Esta semana deve ser mais calma, mas o dólar deve permanecer acima dos R$ 5,40”, afirmam analistas, acrescentando que "esse patamar cambial abre mais espaço para que os frigoríficos se mantenham ativos nas compras para cumprir contratos internacionais”.

Preços dos animais terminados (dados da Agrifatto em 5 de julho de 2024):

SÃO PAULO:

• Boi comum: R$ 220,00/@

• Boi China: R$ 230,00/@

• Média: R$ 225,00/@

• Vaca: R$ 195,00/@

• Novilha: R$ 212,00/@

• Escalas de abate: 12 dias

MINAS GERAIS:

• Boi comum: R$ 205,00/@

• Boi China: R$ 215,00/@

• Média: R$ 210,00/@

• Vaca: R$ 185,00/@

• Novilha: R$ 195,00/@

• Escalas de abate: 12 dias

MATO GROSSO DO SUL:

• Boi comum: R$ 217,00/@

• Boi China: R$ 217,00/@

• Média: R$ 217,00/@

• Vaca: R$ 200,00/@

• Novilha: R$ 210,00/@

• Escalas de abate: 8 dias

MATO GROSSO:

• Boi comum: R$ 206,00/@

• Boi China: R$ 210,00/@

• Média: R$ 208,00/@

• Vaca: R$ 185,00/@

• Novilha: R$ 195,00/@

• Escalas de abate: 11 dias


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