Por redação
A Coreia do Sul planeja implementar armas laser para abater drones norte-coreanos ainda este ano, tornando-se o primeiro país do mundo a implantar e operar tais tecnologias em suas forças armadas, informou a agência de aquisição de armas sul-coreana nesta quinta-feira (11). O programa de laser foi apelidado de “projeto StarWars”.
Desenvolvidas em parceria com a Hanwha Aerospace, essas armas laser são eficazes e econômicas, custando apenas 2.000 won (aproximadamente 1,45 dólar) por disparo, além de serem silenciosas e invisíveis, de acordo com a Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA).
“A Coreia do Sul está se tornando o primeiro país do mundo a implantar e operar armas laser, o que fortalecerá significativamente as capacidades de resposta de nossos militares às provocações de drones da Coreia do Norte”, afirmou a DAPA, destacando que essas armas representarão um divisor de águas no futuro campo de batalha.
Essas armas laser derrubam drones voadores ao queimarem motores ou outros componentes elétricos dos drones com feixes de luz por 10 a 20 segundos, explicou um porta-voz da DAPA durante um briefing.
Em dezembro, cinco drones norte-coreanos cruzaram a fronteira para a Coreia do Sul, que tecnicamente ainda está em guerra com Pyongyang. Em resposta, Seul enviou caças e helicópteros de ataque para tentar abatê-los, sendo esta a primeira incursão desse tipo desde 2017.
Os combates na Guerra da Coreia de 1950-1953 terminaram com um armistício, mas não com um tratado de paz, resultando na criação de uma Zona Desmilitarizada (DMZ) entre as duas Coreias.
Tanto a Coreia do Norte quanto a Coreia do Sul violaram o armistício que rege sua fronteira comum ao enviar drones para o espaço aéreo uma da outra, segundo os Estados Unidos.
Além da Coreia do Sul, países como China e Reino Unido estão em uma corrida para desenvolver e implantar armas laser, também conhecidas como armas de energia dirigida, de acordo com a RAND Corporation, um grupo de reflexão sem fins lucrativos dos EUA.
Há um interesse crescente nessas armas como uma forma de combater a proliferação de sistemas não tripulados, além de serem utilizadas para atingir mísseis em voo ou satélites em órbita, informou o grupo.