Clima ficou tenso durante a sessão desta quinta na Câmara de Campo Grande

Oposição e base da prefeita Adriane Lopes (PP) trocaram insultos, com direito a acusação de genocídio e ameaça de falar sobre denúncia contra marido

15/08/2024 00h00 - Atualizado em 15/08/2024 às 20h10

Por redação

O clima esquentou na Câmara Municipal de Campo Grande durante a sessão desta quinta-feira, quando membros da oposição e da base da prefeita Adriane Lopes (PP) trocaram insultos, que incluíram acusações graves e ameaças.

A tensão começou quando a vereadora Luiza Ribeiro (PT) trouxe à tona reclamações de mães sobre a falta de fraldas, alimentos e medicamentos para pessoas com deficiência. Segundo ela, a prefeita prometeu, em abril, se reunir com as mães, mas até agora não cumpriu a promessa e não solucionou o problema. Luiza ainda acusou Adriane Lopes de descumprir decisões judiciais e classificou a conduta da prefeita como "genocida", o que gerou grande polêmica.

Beto Avelar (PP), líder da prefeita na Câmara, pediu que Luiza retirasse o termo "genocida", insinuando que, se o nível da discussão baixasse, ele teria revelações a fazer sobre a saúde envolvendo pessoas próximas à vereadora. "Que ela retirasse esse termo, porque senão eu vou colocar aqui o que vem acontecendo na saúde, que tem pessoas muito próximas dela que estão envolvidas", declarou Avelar.

O presidente da Câmara, vereador Carlão, solicitou que Luiza retirasse a acusação, mas ela recusou, afirmando que a prefeitura precisa resolver o problema das mães, que desde agosto de 2022 não conseguem obter a alimentação específica para as crianças.

O vereador Tiago Vargas (PP) também defendeu a prefeita, acusando o marido de Luiza Ribeiro, Flávio Brito, de desviar dinheiro da saúde. Ele criticou Luiza de forma contundente: "Tome vergonha, tome tento. A mesma vereadora ficou esperando o Gaeco na sala da casa dela para tomar um cafezinho. O dinheiro que o marido de Vossa Excelência desviou com certeza prejudicou muito mais pessoas do que o que você está falando agora".

Marcos Tabosa (PP) questionou se o dinheiro que falta para a compra de fraldas não seria o que foi desviado da saúde.

Luiza Ribeiro respondeu dizendo que pessoas que ocupam cargos públicos eventualmente enfrentam questionamentos, mas afirmou que não submeteria seu mandato a ameaças. "Sabe como resolve esse problema? Não é aqui no microfone fazendo ameaças à minha pessoa, à minha conduta, falando de outras pessoas da minha família. Resolva, você é líder da prefeita. Manda comprar, fala com a prefeita, resolva o problema", reforçou.

A sessão terminou sem que Luiza retirasse sua fala criticada e sem uma solução para o problema levantado.


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