Por Lauren Netto
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 14 de agosto de 2024, que a Mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) é uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII). A decisão foi tomada em resposta ao aumento expressivo de casos da doença em países africanos, como a República Democrática do Congo, onde a circulação do vírus é endêmica.
De acordo com a OMS, o número de casos de Mpox em 2024 já ultrapassou as estatísticas do ano anterior, totalizando mais de 15 mil casos e resultando em mais de 500 mortes, principalmente entre crianças, conforme dados da UNICEF. Além disso, foi identificada uma nova cepa do vírus, denominada Clado Ib, que apresenta maior facilidade de transmissão, elevando as preocupações sobre a expansão da doença para além das fronteiras africanas.
Contexto e implicações da Emergência Internacional
Embora a declaração da ESPII aumente o nível de alerta global, não significa que estamos enfrentando uma pandemia de Mpox neste momento. A medida visa intensificar a vigilância e a coordenação de ações para evitar a disseminação do vírus a outros continentes. A Mpox é uma zoonose, transmitida principalmente através do contato direto e prolongado com pessoas infectadas, secreções ou objetos contaminados. Entre os principais sintomas estão erupções cutâneas, febre, dores musculares e inchaço dos linfonodos.
Prevenção e medidas no Brasil
No Brasil, o vírus da Mpox continua circulando, embora o número de casos tenha se mantido estável. O Ministério da Saúde reforça a necessidade de vigilância, especialmente em razão do alerta da OMS, e está implementando ações preventivas, incluindo a negociação para a compra de 25 mil doses de vacinas e a prorrogação do uso das doses existentes.
O cenário epidemiológico no país não aponta para uma escalada significativa de casos, mas a instalação de um Centro de Operações de Emergência (COE) para a Mpox e a atualização de recomendações para profissionais de saúde refletem a importância de se manter em alerta. A prioridade, segundo o Ministério da Saúde, é a prevenção e a resposta rápida a qualquer novo surto.
