Por Andrella Okata
A rede social Bluesky registrou um crescimento explosivo no Brasil, com a adição de um milhão de novos usuários em apenas três dias, após a suspensão do X (antigo Twitter) no país. A plataforma, que tem ganhado popularidade como alternativa ao X, foi impulsionada pela decisão do ministro Alexandre de Moraes, que bloqueou o acesso ao serviço no Brasil em meio a um embate com o empresário Elon Musk.
Fundada em 2019 por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, a Bluesky comemorou a marca em seu perfil oficial, onde declarou que, com a adesão em massa dos brasileiros, o aplicativo agora pode ser considerado “um aplicativo brasileiro.” A rede social também começou a publicar conteúdos em português, incluindo tutoriais de uso, informações sobre a moderação de conteúdo e orientações para denunciar publicações irregulares.
Bluesky oferece uma experiência similar à do Twitter, com um layout minimalista e funcionalidades como publicações de texto de até 300 caracteres, imagens, e a possibilidade de curtir, comentar e repostar conteúdos. No entanto, a plataforma ainda não permite a publicação de vídeos ou áudios, diferentemente do Twitter.
A suspensão do X no Brasil, determinada por Alexandre de Moraes, inclui uma multa diária de R$ 50 mil para quem tentar burlar o bloqueio usando Redes Virtuais Privadas (VPNs). Além da multa, usuários que utilizarem VPNs para acessar o X podem ser responsabilizados criminalmente.
No último sábado (31), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu que o ministro reconsiderasse a aplicação da multa, argumentando que ela é genérica e não leva em conta a conduta individual dos usuários ou suas capacidades econômicas.