Por Lauren Netto
O Brasil enfrentará, nos próximos dias, uma das mais intensas e prolongadas ondas de calor da história recente, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As temperaturas poderão subir até 5°C acima da média em várias regiões, especialmente nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.
O Inmet explica que o fenômeno é resultado de uma combinação de fatores que mantém o ar seco preso sobre o país, transformando o Brasil na nação mais quente do mundo durante este período. Embora tais ondas de calor sejam comuns em determinadas épocas do ano, a intensidade deste evento é excepcional. Na primeira semana de setembro, a massa de ar quente poderá elevar as temperaturas a até 40ºC em várias localidades. As regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste devem sofrer com os efeitos mais extremos, onde os termômetros podem atingir até 45ºC.
Temperaturas extremas nesta terça-feira (3)
Cuiabá, capital do Mato Grosso, registrou a maior temperatura, com uma máxima de 42ºC. Outras capitais também enfrentaram calor intenso, com máximas acima de 30ºC: Rio Branco (36ºC), Porto Velho (39ºC), Manaus (36ºC), Boa Vista (36ºC), Belém (35ºC), Macapá (34ºC), Palmas (38ºC), São Luís (33ºC), Teresina (36ºC), Aracaju (31ºC), Campo Grande (37ºC), Goiânia (36ºC), Brasília (31ºC), Belo Horizonte (34ºC), Rio de Janeiro (31ºC) e São Paulo (31ºC).
Riscos de incêndios florestais
Em resposta ao risco elevado de incêndios florestais, a Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), anunciou o fechamento emergencial de 80 Unidades de Conservação na região metropolitana e interior de São Paulo. A medida, válida até 12 de setembro, poderá ser estendida caso as condições climáticas não melhorem.
Durante esse período, as equipes da fundação estarão focadas em ações de prevenção e combate a incêndios, além de monitoramento territorial. Também será prestado apoio às comunidades vizinhas, caso haja necessidade.