Vereador afastado após prisão permanece em silêncio e Câmara da Capital pode ficar desfalcada

Claudinho Serra, afastado após prisão, não se manifestou sobre a retomada de suas atividades; licença vence em poucos dias

04/09/2024 00h00 - Atualizado em 04/09/2024 às 13h41

Por redação

O vereador Claudinho Serra (PSDB), afastado da Câmara Municipal de Campo Grande após ser preso durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), ainda não informou se retornará ao cargo após o término de sua licença. O prazo de afastamento solicitado pelo vereador expira no próximo dia 12, mas, até o momento, ele não comunicou o presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB), sobre sua decisão, apesar de ter sido procurado pela Casa.

De acordo com o regimento interno da Câmara, a licença de um vereador pode durar, no máximo, 120 dias. Caso Claudinho não apresente justificativa ou atestado médico e não retorne às atividades, um procedimento de falta poderá ser instaurado contra ele.

Mesmo que Claudinho Serra não se pronuncie, a Câmara poderá operar com um vereador a menos, uma vez que a decisão judicial determinou que o suplente, Gian Sandim (PSDB), permaneça no cargo apenas por 120 dias. Claudinho havia se afastado do mandato no dia 14 de maio, alegando motivos de saúde e a necessidade de preservar sua dignidade e integridade psicológica.

Na ocasião, Claudinho Serra afirmou que o afastamento era para tratar da saúde e proteger sua família, além de concentrar seus esforços em sua defesa. Ele ressaltou que os fatos investigados são antigos e não têm relação com o mandato de vereador, que ele exerceu desde maio de 2023.

Claudinho Serra foi preso durante a terceira fase da Operação Tromper. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), ele é acusado de liderar uma quadrilha envolvida em fraudes em processos licitatórios, desvios de recursos públicos e pagamento de propinas em Sidrolândia. O MPE alega que foram encontradas várias provas concretas que indicam a existência de outros esquemas ilícitos liderados por Claudinho Serra, causando prejuízos significativos ao erário público.


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