PL financia 70% da campanha de Beto Pereira no primeiro turno em Campo Grande

Apoio do partido de Jair Bolsonaro coloca Beto Pereira na liderança da arrecadação entre candidatos à prefeitura da Capital

06/09/2024 00h00 - Atualizado em 06/09/2024 às 20h04

Por redação

O apoio do Partido Liberal (PL) à candidatura de Beto Pereira (PSDB) à Prefeitura de Campo Grande está se consolidando financeiramente. O PL, liderado por Jair Bolsonaro, vai arcar com 70% dos gastos previstos para o primeiro turno da campanha, conforme os limites estabelecidos pela legislação eleitoral. Até o momento, o partido já depositou R$ 7 milhões na conta de campanha de Beto, de acordo com o portal Divulgacand, que registra receitas e despesas eleitorais.

Esse montante, três vezes superior ao repasse do PSDB, que contribuiu com R$ 2 milhões, elevou Beto à liderança entre os candidatos em termos de arrecadação, totalizando R$ 9,5 milhões. A candidata Rose Modesto (União Brasil) aparece logo em seguida, com R$ 9,1 milhões arrecadados, sendo R$ 9 milhões provenientes do seu próprio partido. Adriane Lopes (PP) declarou ter R$ 1 milhão em sua conta de campanha, enquanto Camila Jara (PT) registrou R$ 702 mil e Beto Figueiró (Novo) conta com R$ 70 mil de recursos próprios. Até o momento, Luso Queiroz (PSOL), Jorge Batista (PCO) e Ubirajara Martins (DC) ainda não declararam receitas.

De acordo com a legislação eleitoral, o limite de gastos para as campanhas à prefeitura de Campo Grande no primeiro turno é de R$ 9,88 milhões, com o teto para o segundo turno estabelecido em R$ 3,95 milhões.

O Partido Liberal, que possui o maior fundo partidário do Brasil, com R$ 886,8 milhões, tem sido um aliado estratégico para a cúpula do PSDB, que vislumbra ampliar sua presença na capital sul-mato-grossense. Além de garantir uma injeção significativa de recursos para a campanha de Beto Pereira, o PL trouxe para o tucano o tempo de propaganda eleitoral gratuito que antes era destinado à candidatura de Adriane Lopes (PP), fortalecendo ainda mais a posição de Beto no cenário eleitoral.

No entanto, o uso do fundo partidário pelo PL gerou tensões internas. Recentemente, a filha do presidente estadual do partido, Tenente Portela, Ana Portela, recebeu R$ 300 mil para financiar sua própria campanha à Câmara Municipal. O repasse causou mal-estar entre outros candidatos do partido, que, segundo registros no Divulgacand, ainda não haviam recebido qualquer verba.


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