Por Lauren Netto
Os turistas que visitarem Bonito-MS, terão que pagar uma taxa de conservação ambiental no valor de R$ 15 por dia a partir de 2025. A cobrança, que havia sido estabelecida inicialmente em 2021 com o valor de R$ 7, será reajustada após aprovação de um projeto de lei complementar pela prefeitura, que solicitou o aumento devido à necessidade de maior arrecadação para manutenção dos serviços.
A taxa será aplicada diariamente para aqueles que adquirirem passeios turísticos na região. Moradores de Bonito e crianças com menos de sete anos estarão isentos da cobrança, sendo necessária a comprovação de residência no caso dos habitantes locais.
Do montante arrecadado, 20% será destinado à saúde pública, incluindo assistência médica e seguro de vida para os turistas, enquanto os outros 80% serão investidos na preservação ambiental. Segundo o prefeito Josmail Rodrigues, o valor anterior, de R$ 7, não era suficiente para cobrir os custos de saúde, segurança e infraestrutura do município.
"Esse valor de R$ 7 é insuficiente para manter os serviços essenciais e garantir a conservação ambiental em Bonito, um destino de grande relevância turística e ecológica", afirmou o prefeito. Além da manutenção dos recursos naturais, os gastos incluem coleta de lixo, abastecimento de água e tratamento de esgoto, que não estavam sendo plenamente cobertos pela arrecadação anterior.
O prefeito destacou que Bonito segue o exemplo de outros destinos turísticos no Brasil que já adotaram taxas ambientais, como Porto Seguro (BA), Fernando de Noronha (PE) e Paraty (RJ). Em Fernando de Noronha, por exemplo, a taxa de preservação começou a ser cobrada em 1989 e hoje é de R$ 97,16 por dia de permanência.
No entanto, diferentemente de Noronha, onde a taxa é cobrada pelo total de dias de permanência, em Bonito o valor será cobrado apenas para os dias em que o visitante realizar atividades turísticas. Não haverá cobrança para quem passar o dia no hotel ou passear pela cidade sem comprar passeios.
O pagamento da taxa será integrado ao sistema de reservas de passeios, gerando um QR Code para pagamento via PIX. Após o pagamento, o visitante receberá um código localizador, necessário para que a agência libere o voucher do passeio.
A gestão dos recursos será feita por uma conta específica, sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Turismo. A data exata para o início da cobrança ainda será definida, mas a expectativa é de que comece em 2025.