Por Andrella Okata
De 6 a 15 de setembro acontece a 27ª Bienal Internacional do Livro em São Paulo. No evento, a literatura sul-mato-grossense ganha destaque com as obras "Diálogos do Ócio", de Bosco Martins, e "Nadas em Busca de Tudos", de Henrique de Medeiros. Considerada a maior da América Latina, a Bienal serve como vitrine para a produção literária de Mato Grosso do Sul.
O livro "Diálogos do Ócio", que explora décadas de amizade entre Bosco Martins e o poeta Manoel de Barros, foi lançado na última terça-feira (10) na Livraria da Travessa, em São Paulo. O lançamento contou com a presença de jornalistas, autoridades e admiradores, e foi avaliado como um sucesso pela gerente da livraria, Vanessa Machado. O livro, que já foi apresentado em Campo Grande e Bonito, terá futuros lançamentos em Brasília e Lisboa.
Na Bienal, tanto "Diálogos do Ócio" quanto "Nadas em Busca de Tudos" estão expostos no estande da Editora Life de Campo Grande, no "Espaço Leia Mais". Durante a feira, Bosco Martins e Henrique de Medeiros participaram de sessões de autógrafos e interagiram com o público e outros autores. A presença dos dois autores é vista como uma oportunidade para projetar a literatura sul-mato-grossense em um dos maiores mercados editoriais do mundo.
"Nadas em Busca de Tudos", de Henrique de Medeiros, é uma antologia poética que aborda a vida urbana moderna e a existência fragmentada. O livro inclui poemas recentes e ensaios críticos de acadêmicos renomados, além de um prefácio escrito por Manoel de Barros.
O cineasta Joel Pizzini elogiou "Diálogos do Ócio", destacando a importância da obra como uma referência na literatura sobre Manoel de Barros. Bosco Martins expressou sua admiração pela continuidade da influência do poeta e a presença de sua obra no cenário cultural.
A Bienal serve como um ponto de encontro para profissionais e amantes da literatura. Bosco Martins e Henrique de Medeiros levaram 50 exemplares de suas obras para o evento, comemorando o sucesso da participação e a receptividade do público.
Henrique de Medeiros, presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, destacou a relevância da Bienal no panorama cultural brasileiro e latino-americano. Ele elogiou a colaboração com Bosco Martins e fez uma previsão otimista para a literatura em Mato Grosso do Sul, destacando a riqueza cultural e histórica do estado como uma fonte de inspiração.