Ministério do Meio Ambiente anuncia controle de 90% dos incêndios no Pantanal

65% das queimadas na Amazônia e no Cerrado também foram controladas

13/09/2024 00h00 - Atualizado em 20/09/2024 às 18h14

Por Andrella Okata

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima divulgou um novo boletim nesta semana, revelando que 90% dos incêndios registrados no Pantanal estão agora sob controle. Dos 116 incêndios identificados no bioma, 83 foram totalmente extintos, enquanto 33 ainda estão ativos, sendo que 21 deles estão sob controle. Além disso, o relatório destaca que esforços federais têm contribuído para o controle de 65% das queimadas na Amazônia e no Cerrado.

Entre 1º de janeiro e 1º de setembro de 2024, o Pantanal perdeu 1.708.750 hectares para o fogo, o que representa 11,3% da área total do bioma. Na Amazônia, 8.054.350 hectares foram devastados, equivalente a 1,9% da sua extensão, enquanto no Cerrado, 8.994.925 hectares foram queimados, ou 4,53% do bioma. A principal causa dos incêndios é a combinação de condições climáticas extremas, como a seca mais severa dos últimos 75 anos, e o uso inadequado do fogo.

Em uma entrevista recente, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou a necessidade urgente de endurecer as penalidades para crimes ambientais, como as queimadas ilegais. Marina destacou que a criação de uma figura legal para reconhecer a 'emergência climática' seria crucial para intensificar o combate às queimadas provocadas por ações humanas. “Não é justo que você tenha uma ação criminosa com intenção de queimar e depois fique todo mundo cobrando das instituições públicas que corram atrás do fogo”, afirmou.

Desde setembro de 2023, o Governo Federal intensificou o planejamento das ações no Pantanal, adotando medidas preventivas para evitar que as queimadas atingissem proporções ainda maiores. A combinação do agravamento das mudanças climáticas, a escassez hídrica e o uso indevido do fogo antecipou as temporadas de incêndios. No entanto, as ações preventivas têm contribuído para mitigar os danos e evitar uma destruição mais severa.

A criminalização das queimadas ilegais e o aprimoramento das políticas de adaptação climática continuam sendo prioridades na estratégia de combate aos incêndios. Para Marina Silva, o legado desta gestão será um plano estruturado para adaptar o país às mudanças climáticas, com um foco específico em ações de prevenção e controle do uso inadequado do fogo.


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