Eldorado Brasil Celulose inaugura centro de tecnologia para geração de clones de eucalipto

Novo laboratório em Andradina busca impulsionar a produtividade e sustentabilidade nas florestas da empresa em Mato Grosso do Sul

04/10/2024 00h00 - Atualizado em 04/10/2024 às 20h56

Por Andrella Okata

A Eldorado Brasil Celulose inaugurou nesta semana o ELDTECH Centro de Tecnologia Florestal em Andradina (SP), a cerca de 40 quilômetros de Três Lagoas (MS), onde possui 285 mil hectares de florestas de eucalipto. O novo laboratório, com 728 m², visa promover pesquisas sobre manejo de pragas, doenças, solo e nutrição, além de aprimorar o melhoramento genético florestal.

Com a instalação de sete laboratórios avançados, o ELDTECH promete aumentar a produtividade e qualidade dos produtos florestais. Germano Vieira, diretor florestal da Eldorado, afirmou que o centro será fundamental para desenvolver mudas mais resistentes e adaptadas às condições climáticas e de solo.

O novo centro permitirá um aumento de 60% na capacidade de multiplicação de inimigos naturais para controle de pragas, como lagartas e percevejos. Atualmente, a empresa solta anualmente inimigos naturais em uma área equivalente a 40 mil hectares, com potencial de expansão para 65 mil hectares.

Desde 2018, a Eldorado utiliza esse método de controle em suas florestas. Com a soltura de aproximadamente 4 bilhões de insetos, a empresa reduz o uso de defensivos agrícolas e os custos em até 63%, ao mesmo tempo em que diminui perdas produtivas de madeira.

Além disso, o programa de melhoramento genético, iniciado em 2012, já selecionou sete clones próprios. O ELDTECH permitirá a criação de clones de alto desempenho, com um Banco de Germoplasma que atualmente armazena 23 kg de sementes, prevendo um aumento de 74% na capacidade de armazenamento.

Sharlles Dias, gerente de pesquisa e tecnologia da Eldorado, destacou que as pesquisas no ELDTECH serão importantes para o controle biológico de pragas e para garantir a diversidade genética, essencial para o futuro da produção florestal. A estrutura do centro inclui laboratórios de cultura de tecidos e biologia molecular, com potencial para propagação de até 40 clones por ano e genotipagem de mais de 10 mil amostras.


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