Por Redação
O governo federal está próximo de decidir se o horário de verão voltará a ser adotado no Brasil. A decisão precisa ser anunciada pelo menos 20 dias antes de a medida começar a valer, e o mês de novembro é considerado o mais adequado para a implementação, caso a retomada seja aprovada.
Para discutir a viabilidade e os possíveis impactos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, agendou uma reunião com sua equipe técnica na próxima terça-feira (15). A pressa em bater o martelo sobre o tema visa garantir que os setores da economia impactados pela mudança de horário, como comércio e serviços, tenham tempo suficiente para se preparar.
O principal fator em discussão será a avaliação sobre um possível risco energético no país. Desde que o horário de verão foi suspenso em 2019, por decisão do então presidente Jair Bolsonaro, o Brasil passou por várias mudanças no cenário energético, incluindo crises hídricas que ameaçaram o fornecimento de energia em determinados períodos.
A questão do custo-benefício também será analisada. O governo está avaliando se o horário de verão ainda traria benefícios econômicos, especialmente em termos de economia de energia. Embora a medida tenha sido criada com a intenção de reduzir o consumo de eletricidade, estudos mais recentes indicam que seu impacto financeiro pode ser menor do que o inicialmente previsto, devido à modernização da matriz energética e ao aumento do uso de energias renováveis.
Outro ponto importante é que, em caso de retomada, o horário de verão não impactará o segundo turno das eleições, marcado para o dia 27 deste mês. Silveira destacou que a decisão sobre o retorno do horário de verão deve ser baseada em dados técnicos e não pode ser influenciada por ideologias ou disputas políticas. Ele ressaltou que a medida afeta a vida de milhões de brasileiros, e, portanto, precisa ser tratada como uma política pública que equilibre a garantia do fornecimento de energia com a economia de recursos, especialmente para o consumidor final.
Se a decisão for favorável à volta do horário de verão, o Brasil deve ajustar os relógios no início de novembro, caso contrário, a medida permanecerá suspensa, como vem acontecendo desde 2019.