Por Lauren Netto
O Prêmio Nobel de Economia deste ano foi concedido a Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson, em reconhecimento a suas contribuições ao entendimento das diferenças de prosperidade entre as nações. A cerimônia, realizada nesta segunda-feira (14) pela Academia Real de Ciências da Suécia, destacou que os três economistas revelaram o papel fundamental das instituições sociais no desenvolvimento econômico de um país.
Os premiados, que lecionam no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e na Universidade de Chicago, foram celebrados por seus estudos que mostram como a falta de um estado de direito forte e a existência de instituições exploradoras resultam na estagnação do crescimento e na perpetuação de desigualdades. Suas pesquisas oferecem uma visão abrangente sobre os motivos pelos quais algumas nações prosperam, enquanto outras falham em alcançar progresso socioeconômico.
Segundo Jakob Svensson, presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas, "a redução das desigualdades globais é um dos maiores desafios do século XXI", e as descobertas do trio lançam luz sobre o papel crucial das instituições nesse processo. Ele enfatizou que os trabalhos dos economistas trouxeram uma compreensão mais profunda das causas estruturais que influenciam o sucesso ou fracasso econômico.
Criado em 1969 pelo Banco Central da Suécia, o Prêmio Nobel de Economia, oficialmente chamado de Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, foi uma adição aos cinco prêmios originais idealizados por Alfred Nobel. Embora tecnicamente não faça parte dos prêmios iniciais, ele segue sendo entregue em conjunto com as demais categorias.
No ano anterior, o prêmio foi concedido à professora Claudia Goldin, de Harvard, por sua pesquisa sobre as disparidades de gênero no mercado de trabalho. Goldin foi a terceira mulher a ser premiada desde a criação do prêmio.