Policiais civis de MS aceitam incorporação de R$400 do auxílio-alimentação ao salário

A decisão teve maioria de votos em Assembleia Geral Permanente realizada na última quinta-feira (19) e inclui abono de R$130 para aqueles com menor remuneração

15/10/2024 00h00 - Atualizado em 19/10/2024 às 02h36

Por Andrella Okata

Na noite da última quinta-feira (17), os policiais civis de Mato Grosso do Sul decidiram, em assembleia, aceitar a proposta de aumento salarial de 8% apresentada pelo Governo do Estado. A decisão afeta cerca de 3,2 mil servidores, incluindo aposentados e pensionistas, e ocorreu após uma série de paralisações nos meses de setembro e outubro.

De acordo com o comunicado do Sindicato Estadual dos Policiais (Sinpol-MS), a proposta inclui a incorporação do auxílio alimentação de R$ 400 ao salário, além de um abono de R$ 130 destinado aos servidores de menor remuneração. O documento, no entanto, não especificou o resultado da votação, uma vez que a assembleia foi realizada de forma híbrida.

As negociações entre o Governo, a Assembleia Legislativa e os policiais foram intensas, mas não resultaram em um acordo inicial. Os policiais haviam solicitado um reajuste de 28%, que os colocaria na sexta posição no ranking nacional de salários, além de um aumento no auxílio-alimentação, passando de R$ 400 para R$ 800, e a implementação de um auxílio-saúde equivalente ao dos delegados, atualmente de R$ 1,5 mil. Também foram solicitados plantões voluntários remunerados e um adicional de fronteira.

O Governo manteve a proposta original de incorporar o auxílio-alimentação ao salário, que poderia atingir cerca de R$ 1,2 mil, dependendo da posição do policial na carreira. Para os servidores com menores salários, o abono poderia chegar a R$ 150.

O sindicato havia suspendido as paralisações programadas para a primeira semana de outubro, após a Justiça determinar que a interrupção dos serviços nas delegacias não deveria afetar a população. O desembargador Nélio Stábile decidiu a favor do Estado, argumentando que o movimento era ilegal, com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o direito de greve para servidores da segurança pública.


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