Segundo IBGE, a região Centro-Oeste teve o menor índice de trabalho infantil em 2023

Apesar de registrar o menor número de casos, a região Centro-Oeste tem uma taxa de trabalho infantil acima da média nacional, segundo dados da Pnad Contínua de 2023

18/10/2024 00h00 - Atualizado em 18/10/2024 às 23h53

Por redação

Os números ainda não foram detalhados por estados, mas a região Centro-Oeste registrou o menor índice de trabalho infantil em 2023, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (18). Os dados disponíveis fazem uma divisão apenas pelas grandes regiões do Brasil.

Segundo o levantamento, a região Nordeste concentrou o maior número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil, com 506 mil trabalhadores nessa condição. Em seguida, aparecem as regiões Sudeste, com 478 mil, e Norte, com 285 mil. Apesar de ocupar a última posição, o Centro-Oeste ainda conta com 145 mil trabalhadores infantis.

A pesquisa também destaca que, embora o Centro-Oeste tenha a menor quantidade de casos, com uma média de 4,5%, a taxa de trabalho infantil na região é superior à média nacional, que é de 4,2%. Apenas as regiões Sudeste (3,3%) e Sul (3,8%) apresentam índices mais baixos.

Em comparação com 2016, o Centro-Oeste teve um aumento de 2 mil pessoas em situação de trabalho infantil em 2023. No entanto, em relação aos anos de 2019 e 2022, houve uma leve queda, passando de 148 mil e 157 mil para 145 mil.

Entre os diferentes grupos etários, a maior taxa de trabalho infantil foi registrada entre jovens de 16 a 17 anos, com 17,1%. Na sequência, aparecem adolescentes de 14 a 15 anos (7,1%) e crianças de 5 a 13 anos (1,1%).

Perfil - Sem divisão regional, a pesquisa revela que, no Brasil, um em cada cinco trabalhadores infantis cumpre jornadas de 40 horas ou mais por semana. As horas de trabalho aumentam conforme a idade, e em 2023, 4,6% dos trabalhadores infantis eram pretos ou pardos, enquanto 3,6% eram brancos.

Os setores que mais empregaram crianças e adolescentes no ano passado foram o comércio e a reparação de veículos, seguidos pela agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, além de serviços de alojamento e alimentação, indústria em geral e, por último, serviços domésticos. A informalidade entre adolescentes de 16 a 17 anos caiu para 751 mil pessoas.

Em termos de rendimento, os trabalhadores do sexo masculino recebiam, em média, R$ 815, enquanto as trabalhadoras ganhavam R$ 695. A diferença salarial também é observada quando se analisa a cor da pele, com pretos ou pardos ganhando R$ 707 e brancos R$ 875.


Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp