Por Andrella Okata
O dólar à vista fechou a sessão da última quinta-feira (7) com leve alta de 0,02%, cotado a R$ 5,6752, após um recuo de 1,26% no dia anterior. Já o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, registrou queda de 0,51%.
Os ajustes nas taxas de juros, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, foram os principais fatores que movimentaram os mercados. Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) anunciou a segunda redução consecutiva da taxa básica de juros, que agora varia de 4,50% a 4,75% ao ano, dentro das expectativas do mercado. O movimento gerou incertezas e levou investidores a aguardarem novas declarações de Jerome Powell, presidente do Fed, sobre a direção futura da política monetária, especialmente em um cenário global volátil.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a Selic em 0,50 ponto percentual, elevando a taxa para 11,25% ao ano, uma elevação mais acentuada do que o ajuste anterior de 0,25 ponto percentual. A medida foi tomada como resposta à inflação, que continua pressionada, especialmente pelo enfraquecimento do real e pela incerteza econômica global, principalmente com os Estados Unidos. A decisão do Copom também reflete a forte atividade econômica interna e a persistente fragilidade nas contas públicas.
Com a expectativa de que a inflação no Brasil siga elevada, o Banco Central ajustou a Selic para tentar manter a meta de inflação de 3%, com uma margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Os investidores também estão atentos ao cenário político internacional, especialmente em relação às propostas econômicas de Donald Trump, vencedor das eleições presidenciais nos EUA, que defende uma agenda mais protecionista e pode impactar o comércio global e as taxas de juros em diversos países.
