Por Andrella Okata
O Hospital Regional da Costa Leste Magid Tomé, localizado em Três Lagoas, terá uma ampliação no atendimento a pacientes com problemas cardiovasculares e na oferta de cirurgias bariátricas. A medida foi oficializada esta semana pela Secretaria Estadual de Saúde, após pressão do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que, em agosto, havia cobrado a aceleração das cirurgias para 126 pessoas que estavam na fila de espera.
A repactuação do contrato entre a Secretaria de Saúde e o Instituto Acqua – entidade privada que administra o hospital – prevê, entre as mudanças, o aumento no número de cirurgias bariátricas, passando de duas para oito operações mensais. A ampliação também envolve a criação de novos leitos de terapia intensiva para pacientes cardíacos, além de outros serviços médicos especializados.
COBRANÇA DO MPMS E EXPANSÃO DOS SERVIÇOS
O MPMS havia instaurado um procedimento e publicado uma recomendação para que um plano de aceleração fosse elaborado, visando reduzir o tempo de espera para as cirurgias bariátricas. Na recomendação, o MP destacou que, se não houvesse a aceleração, a fila só seria zerada em até cinco anos. A cobrança estabeleceu prazos de 30 dias para casos urgentes e de 180 dias para os atendimentos eletivos.
A repactuação do contrato de gestão, cujo valor total chega a R$ 61.046.590,35, também inclui a ampliação de dez leitos para atendimento cardiológico, além da realização de procedimentos de alta complexidade na área cardiovascular. Outros serviços, como oftalmologia e urologia, também terão aumento na quantidade de atendimentos, com destaque para a inclusão de cirurgias para a retirada de cálculo renal.
ATENDIMENTO INFANTIL
Em setembro, o MPMS instaurou um novo procedimento relacionado ao hospital, com o objetivo de apurar as ações adotadas após mortes de crianças no local. A 4ª Promotoria de Justiça requisitou informações ao Diretor Geral do Hospital, ao Instituto Acqua e a diversos órgãos responsáveis, incluindo a Comissão Hospitalar Interna de Revisão e Análise de Óbitos, o Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Infantil e o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS).