Por Redação
Em visita histórica à Amazônia brasileira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste último domingo (17) um aporte adicional de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia, dobrando a contribuição americana para US$ 100 milhões. A declaração foi feita durante evento no Museu da Amazônia (Musa), em Manaus, onde Biden se reuniu com lideranças indígenas, cientistas e ambientalistas locais.
O investimento, que ainda depende da aprovação do Congresso americano, de maioria republicana, tem como foco apoiar projetos de conservação ambiental, proteção da biodiversidade e combate às mudanças climáticas. Biden também revelou o lançamento de uma coalizão internacional para mobilizar ao menos US$ 10 bilhões até 2030, com o objetivo de restaurar e proteger 20 mil milhas quadradas de terras.
Criado em 2008, o Fundo Amazônia é um mecanismo internacional que financia iniciativas de redução de emissões por desmatamento, apoio às comunidades tradicionais e combate a incêndios florestais. Apesar do novo aporte, os valores anunciados por Biden ainda estão distantes da promessa feita em abril de 2023, quando os Estados Unidos se comprometeram a destinar US$ 500 milhões ao fundo.
Biden aproveitou a ocasião para destacar seu legado em políticas ambientais. "Estou saindo da presidência em janeiro e vou deixar ao meu sucessor uma base muito forte, se eles decidirem seguir esse caminho. Alguns podem negar ou atrasar a revolução de energia limpa que vem acontecendo nos EUA, mas ninguém pode revertê-la", afirmou o presidente, em referência ao republicano que assume a Casa Branca em 2025. A Casa Branca enfatizou que esta foi a primeira vez que um presidente em exercício dos EUA visitou a Amazônia brasileira, marcando um momento histórico para a diplomacia ambiental.
