Consciência Negra: a história por trás do 20 de novembro

Em homenagem a Zumbi dos Palmares, a data promove reflexão sobre desigualdades e celebra a cultura negra

20/11/2024 00h00 - Atualizado em 20/11/2024 às 13h11

Por Lauren Netto

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, simboliza a luta e a resistência da população negra no Brasil, destacando suas contribuições históricas e culturais para a formação do país. A data foi escolhida em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo da história brasileira, morto em 1695, e tornou-se um marco na reflexão sobre as desigualdades raciais ainda existentes.

A ideia de criar um dia dedicado à consciência negra começou a ganhar força nas décadas de 1960 e 1970, no contexto dos movimentos sociais que buscavam dar visibilidade à luta contra o racismo e pela valorização da cultura afro-brasileira. Inspirados por líderes como Abdias do Nascimento, ativistas do Movimento Negro Unificado (MNU) propuseram uma data que exaltasse a resistência e não apenas a abolição formal da escravidão, como é o caso do 13 de maio. A escolha do 20 de novembro foi estratégica, simbolizando uma resistência ativa e coletiva.

O reconhecimento oficial veio gradualmente. Em 2003, o Dia da Consciência Negra foi incluído no calendário escolar como um momento de debate e valorização da história afro-brasileira. Em 2011, a data passou a ser feriado em diversas cidades e estados, e, em 2023, tornou-se feriado nacional por decreto presidencial. A celebração não é apenas um tributo ao passado, mas também um chamado à reflexão sobre o presente, reforçando a necessidade de políticas públicas inclusivas e educação antirracista.


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