Casos de coqueluche aumentam em MS; 10 pacientes foram confirmados em 2024

Doença altamente contagiosa preocupa autoridades de saúde, que reforçam importância da vacinação

28/11/2024 00h00 - Atualizado em 01/12/2024 às 00h29

Por Andrella Okata

Mato Grosso do Sul registrou 10 casos de coqueluche neste ano, o dobro de 2023, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES). O aumento levou a Coordenação de Emergências em Saúde Pública a emitir um alerta pelo “cenário epidemiológico” da doença. A primeira ocorrência foi registrada em Coxim, em agosto, que desde então somou três casos. Campo Grande lidera em notificações, com cinco pacientes confirmados, enquanto Mundo Novo e Sidrolândia contabilizam um caso cada.

De acordo com o informe da SES, a capital não registrava casos da doença desde 2020, quando houve duas confirmações. Já em 2024, foram notificados cinco casos até a 44ª semana epidemiológica.

A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é uma infecção respiratória altamente transmissível, com sintomas iniciais semelhantes a um resfriado, como febre, coriza e tosse. Com o avanço da doença, surgem crises de tosse seca e dificuldade para respirar. A transmissão ocorre por meio de gotículas de tosse, espirros e fala, com o infectado podendo disseminar a bactéria por até três semanas após o início dos sintomas.

VACINAÇÃO COMO PRINCIPAL PREVENÇÃO

A cobertura vacinal contra a coqueluche no estado tem aumentado nos últimos anos, mas ainda está abaixo da meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde. Em 2022, a taxa foi de 86%, subindo para 90,73% em 2023. Os dados preliminares de 2024 apontam 90,77%.

A vacina pentavalente, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), é aplicada em crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforços da DTP (tríplice bacteriana) aos 15 meses e até os 4 anos. Gestantes também devem ser imunizadas com a DTPa, preferencialmente até a 20ª semana de gestação.

Embora o aumento de casos preocupe, a mortalidade causada pela doença permanece em declínio no estado, com óbitos registrados apenas entre 2013 e 2014. A SES atribui a redução de mortes à ampliação da vacinação.

GRAVIDADE EM CRIANÇAS

A coqueluche é especialmente perigosa para bebês e crianças, podendo causar complicações como pneumonia, desidratação, convulsões e até morte. Crises de tosse podem persistir por até oito semanas, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A recomendação é de manter a vacinação em dia e de procurar atendimento médico em casos de sintomas persistentes.


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