Queda no rebanho bovino reduz criação de equinos em MS em 32%

Novo boletim da Famasul revela impacto da redução da pecuária e expansão agrícola em MS

29/11/2024 00h00 - Atualizado em 29/11/2024 às 16h24

Por Andrella Okata

A criação de equinos em Mato Grosso do Sul apresentou uma queda de 31,34% entre 2017 e 2023, de acordo com o "Boletim Casa Rural - Equideocultura", elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) com dados da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro-MS). Em 2024, o plantel estadual soma 299,2 mil animais, colocando o estado na sexta posição nacional no setor, atrás de Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Bahia.

A redução do número de equinos reflete mudanças estruturais na pecuária. A queda no rebanho bovino, que passou de 21,2 milhões de cabeças em 2016 para 18,9 milhões em 2023, impactou diretamente a equideocultura, já que grande parte dos cavalos é usada no manejo em fazendas. Além disso, o avanço de áreas agrícolas sobre terras antes destinadas à pecuária contribuiu para a diminuição no número de equinos.

DADOS REGIONAIS

Os municípios com maior concentração de gado são os que também apresentam maior número de cavalos. Corumbá lidera o ranking com 36.071 equinos registrados em 2023, enquanto Vicentina tem o menor efetivo, com 302 animais em 2022. A proporção no estado é de um equídeo para cada 61 bovinos, mas a relação varia entre as regiões. Em Ponta Porã, por exemplo, a proporção é de um para nove, enquanto em Pedro Gomes é de um para 113.

No segundo trimestre de 2024, foram registradas 17.315 movimentações de equinos no estado, envolvendo 36.805 animais. A maior parte desses deslocamentos foi para eventos não comerciais dentro do próprio município, embora o maior número de cavalos tenha sido transportado entre diferentes cidades.

O boletim também destaca o papel estratégico da equideocultura para a economia, o turismo e a cultura de Mato Grosso do Sul. Segundo Diego Guidolin, consultor do Departamento Técnico da Famasul, a publicação abordará temas como esportes equestres, panorama da cadeia produtiva e iniciativas do Senar/MS para desenvolver o setor.


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