Por Andrella Okata
A Starlink, empresa de internet via satélite do bilionário Elon Musk, quer ampliar operação no Brasil com a operação de mais 7,5 mil satélites. O pedido de ampliação será analisado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em 13 de fevereiro de 2025.
De acordo com o relator do processo, conselheiro Alexandre Freire, o pedido foi formalizado em dezembro de 2023 e faz parte da estratégia da Starlink para aumentar a cobertura de internet em áreas remotas e de difícil acesso, como comunidades rurais e isoladas. Atualmente, a empresa já opera no Brasil, com 6.350 satélites não geoestacionários em órbita, segundo dados de setembro divulgados por Musk.
Esses satélites, também chamados de "baixa órbita", oferecem maior velocidade de conexão em comparação com os geoestacionários tradicionais, posicionados a altitudes mais elevadas.
Enquanto a Starlink busca expandir sua operação, a SpaceSail, uma empresa chinesa do setor, firmou em novembro um acordo de cooperação com a Telebras, estatal brasileira. O negócio foi assinado durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil e indica a intenção da SpaceSail de operar no país.
Segundo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, a SpaceSail, que atualmente tem 40 satélites em órbita, pretende lançar mais 648 até 2026 e alcançar a marca de 15 mil satélites até 2030. Contudo, para iniciar as operações no Brasil, a empresa chinesa ainda precisará cumprir os trâmites regulatórios da Anatel.
A decisão da Anatel sobre o pedido da Starlink pode expandir o atendimento a regiões com pouca ou nenhuma conectividade. Ao mesmo tempo, a entrada de novos players no mercado pode trazer mais competitividade e opções para consumidores brasileiros.