Cesta básica em Campo Grande registra o 5º maior preço do país em novembro

Preços subiram 14,47% em um ano; batata, óleo de soja e carne estão entre os principais vilões

05/12/2024 00h00 - Atualizado em 05/12/2024 às 21h39

Por Redação

A cesta básica em Campo Grande alcançou o 5º maior valor entre as capitais brasileiras no mês de novembro, registrando R$ 772, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). A alta mensal foi de 2,85%, colocando a capital sul-mato-grossense atrás apenas de São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Comparando novembro de 2023 com novembro deste ano, o custo dos alimentos básicos subiu em todas as capitais. Campo Grande apresentou a maior variação anual, com alta de 14,47%, seguida por Goiânia (12,19%) e Brasília (11,19%). Entre os meses acumulados de 2024, a capital sul-mato-grossense também liderou o aumento percentual, com variação de 10,72%.

Pressão no orçamento

Produtos essenciais puxaram a elevação dos preços em Campo Grande. A batata registrou aumento de 17,27%, seguida pelo óleo de soja (16,13%) e carne bovina de primeira (10,02%). Outros itens, como o tomate (2,58%) e o café em pó (1,24%), também apresentaram alta. Apesar disso, houve quedas pontuais, como nos preços da banana (-13,21%), feijão carioquinha (-3,39%) e leite de caixinha (-0,82%).

Para uma família de quatro pessoas, o custo total da cesta básica foi estimado em R$ 2.317,35. Esse cenário comprometeu 59,14% do salário mínimo líquido, de R$ 1.306,10, após o desconto da Previdência Social. Em outubro, o comprometimento era de 57,50%.

Além disso, o tempo médio necessário para aquisição da cesta básica subiu para 120 horas e 21 minutos em novembro, três horas a mais do que no mês anterior e quase oito horas a mais que em novembro de 2023.

Contexto nacional e local

Os dados do DIEESE reforçam o impacto da alta dos alimentos em Campo Grande, que se destacou com o maior aumento percentual acumulado de janeiro a novembro de 2024. No cenário nacional, o tempo médio de trabalho necessário para comprar a cesta básica subiu para 108 horas, sendo Campo Grande uma das capitais com maior exigência de esforço financeiro.

O comportamento dos preços reflete a escassez de alguns produtos no mercado. No caso do tomate, por exemplo, o fim da safra de inverno em outubro elevou os preços, enquanto o aumento da carne bovina foi registrado em todas as capitais, sendo o percentual de Campo Grande o segundo maior, atrás apenas de Fortaleza.


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