Por Andrella Okata
Após mais de cinco anos do incêndio que destruiu parte de sua estrutura, a Catedral de Notre-Dame, um dos maiores símbolos de Paris, reabriu neste sábado (7). A cerimônia, que reuniu líderes mundiais e personalidades, celebrou a restauração da obra-prima gótica e homenageou os trabalhadores responsáveis pelo projeto.
O evento começou com a abertura simbólica das portas da catedral pelo arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, às 19h21 (15h21 de Brasília). O presidente francês Emmanuel Macron, acompanhado da primeira-dama Brigitte Macron e da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, esteve presente ao lado de convidados ilustres, como o príncipe William, os ex-presidentes franceses François Hollande e Nicolas Sarkozy, além de figuras internacionais como Donald Trump, Giorgia Meloni e Volodymyr Zelensky.
Durante a celebração, o coral de jovens emocionou os presentes, enquanto o grande órgão da catedral, restaurado após ser desmontado peça por peça, foi tocado pela primeira vez desde o incêndio. Outro momento marcante foi a homenagem aos bombeiros que, em 2019, impediram que o fogo consumisse completamente o monumento.
O projeto de restauração custou cerca de 700 milhões de euros (R$ 4,4 bilhões), financiado majoritariamente por doações de bilionários franceses, como François Henri Pinault e a família Arnault, além de contribuições de todo o mundo.
Apesar da festa, a reabertura levantou debates. O Papa Francisco não compareceu à cerimônia, mas enviou uma mensagem ressaltando que espera que a catedral continue acessível a todos, enquanto autoridades francesas cogitam a cobrança de entrada no futuro.
Além disso, a restauração trouxe desafios ambientais. O incêndio de 2019 liberou toneladas de pó de chumbo em Paris, expondo a cidade a um problema ainda sem diretrizes claras de medição ou controle.
Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1991, Notre-Dame permanece como um marco da arquitetura gótica medieval e da história parisiense. Com mais de 860 anos de história, suas abóbadas, vitrais e gárgulas voltam a receber visitantes de todo o mundo.