Por Andrella Okata
Hoje (13) é a última sexta-feira 13 de 2024, uma data que, para muitos, carrega um peso simbólico de azar. De acordo com as superstições, a combinação do número 13 – historicamente associado ao infortúnio – com a sexta-feira, um dia considerado de azar desde a Antiguidade, cria um cenário propício para eventos "sobrenaturais" e situações inusitadas.
Neste ano, foram duas sextas-feiras 13: a primeira ocorreu em setembro e a segunda em dezembro, gerando reflexões sobre os efeitos dessa "data carregada". Alguns internautas associaram a recorrência da data com acontecimentos negativos e alegaram que, justamente por contar com duas sextas-feiras 13 em tão pouco tempo, 2024 teria sido um "ano complicado".
A SUPERSTIÇÃO E O MEDO DA SEXTA-FEIRA 13
O medo da sexta-feira 13, também chamado de triscaidecafobia, é uma condição real que afeta muitas pessoas, gerando ansiedade e até pânico. No Brasil, a data é amplamente cercada de superstições, e muitas pessoas se recusam a sair de casa ou realizar atividades importantes neste dia, com medo do "azar". Para a cientista social Izabela Prado Ronda, essa fobia e as superstições em torno da data têm raízes culturais e históricas, sendo construídas ao longo do tempo por diferentes tradições.
Segundo Ronda, o medo da sexta-feira 13 é uma construção social que remonta ao cristianismo, quando o número 13 passou a ser visto como amaldiçoado após a Última Ceia de Jesus Cristo, onde o 13º apóstolo, Judas, traiu o mestre. Além disso, a própria combinação do número 13 com a sexta-feira, dia da crucificação de Cristo, reforçou essa associação negativa ao longo dos séculos.
SERÃO QUANTAS SEXTAS-FEIRAS 13 EM 2025?
Em 2025, a próxima sexta-feira 13 será em junho.
Em anos com mais de uma sexta-feira 13, como em 2024, o impacto social e cultural dessa data ganha força, com muitas pessoas comentando o fenômeno nas redes sociais. A repetição em um curto espaço de tempo, como ocorreu neste ano, leva algumas pessoas a associar os acontecimentos negativos a esse “estranho” fenômeno astronômico.
Em outras ocasiões, como 2020, que também teve duas sextas-feiras 13 (em março e novembro), a data coincidiu com o início da pandemia de Covid-19, reforçando a relação entre a superstição e o caos social vivido em certos períodos.