Por Lauren Netto
Após sete meses de seca, trechos do Rio da Prata, famoso pelas águas cristalinas que atraem turistas em Bonito e Jardim, voltaram a registrar fluxo de água. A recuperação, confirmada neste sábado (14), foi impulsionada pelas chuvas recentes, que elevaram a profundidade em algumas áreas secas para cerca de quatro metros.
De acordo com o Instituto Guarda Mirim Ambiental, responsável pelo monitoramento do rio, as chuvas na região desde novembro foram decisivas para reverter o cenário. Em julho de 2023, cerca de 20 km do rio estavam completamente secos, especialmente no trecho próximo à ponte do Curé. À época, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu uma investigação para apurar as causas da seca, apontando mudanças climáticas e outros possíveis fatores como hipóteses.
O Rio da Prata, que possui 90 km de extensão, começou a apresentar sinais de recuperação em novembro, após uma chuva de 32 milímetros. A volta gradual do fluxo hídrico tem renovado as esperanças para a preservação do rio, que é essencial tanto para o ecossistema quanto para o turismo local.
Resgate de peixes foi fundamental
Durante a seca, mais de 200 peixes ficaram isolados em poças remanescentes do rio. Para evitar maiores danos à fauna, a Operação Dourado foi realizada, resgatando espécies como dourado, piraputanga, cascudo e curimbatá, que foram transferidas para trechos com maior volume de água.
Preservação e desafios futuros
O retorno da água ao Rio da Prata destaca a importância de ações de preservação ambiental e o monitoramento contínuo para evitar novas crises. Investigações sobre as causas da seca ainda estão em andamento, enquanto especialistas avaliam o impacto das mudanças climáticas e discutem estratégias para mitigar futuros episódios de dessecamento.