Por Andrella Okata
O Rio Paraná recebeu uma importante ação de repovoamento ambiental. A CTG Brasil, operadora das hidrelétricas de Ilha Solteira e Jupiá, anunciou a soltura de 550 mil peixes das espécies pacu guaçu, curimbatá, piapara e piracanjuba nos reservatórios das usinas. Desde o início do programa, em 2016, cerca de 25 milhões de peixes nativos foram introduzidos nas bacias dos rios Paraná e Paranapanema.
A ação mais recente, realizada ao longo de dezembro, foi dividida em quatro pontos estratégicos: a ponte do Rio São José, Paranaíba, Vila dos Operadores e Santa Clara. Em cada local, foram liberados entre 100 e 150 mil peixes.
De acordo com Norberto Castro Vianna, especialista de Meio Ambiente da CTG Brasil, a iniciativa busca fortalecer o estoque pesqueiro e garantir o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. "A soltura de peixes de espécies nativas é fundamental para assegurar a reprodução e fortalecer o estoque pesqueiro", afirmou.
PROGRAMA AMBIENTAL E PESQUISA CIENTÍFICA
O Programa de Manejo e Conservação da Ictiofauna, conduzido pela CTG Brasil com autorização do Ibama, é uma exigência do licenciamento ambiental federal para as hidrelétricas. Além de repovoar os rios, a iniciativa também busca preservar a biodiversidade por meio de produção e pesquisa científica.
A estação de piscicultura localizada em Salto Grande (SP), é a responsável por criar os peixes soltos e desenvolver estudos em parceria com universidades para inovar no manejo de espécies aquáticas.
Essa segunda etapa do ciclo de 2025 já contabiliza 1,3 milhão de peixes liberados na bacia do Rio Paraná.