Por redação
A alta carga tributária no Brasil segue sendo um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento da indústria automobilística. Em algumas regiões do país, os impostos representam até 54% do preço final de um carro, um percentual que coloca o Brasil em uma posição desfavorável quando comparado a países como China (5%), Estados Unidos (7%) e Alemanha (19%).
Essa diferença tributária prejudica tanto a competitividade da indústria local quanto o poder de compra do consumidor, que acaba pagando mais por veículos que, muitas vezes, são menos equipados em relação aos vendidos no exterior.
Além disso, o setor automotivo tem a proposta de incluir os automóveis no Imposto Seletivo (IS), uma medida que visa desestimular o consumo de produtos considerados supérfluos ou prejudiciais. Contudo, especialistas alertam que a aplicação desse imposto sobre os carros poderia prejudicar ainda mais a produção nacional, especialmente em um momento de recordes de investimentos anunciados pelas montadoras.
A implementação do IS não só poderia aumentar o preço dos veículos, mas também comprometer os avanços tecnológicos e o crescimento da oferta de modelos mais sustentáveis.
Com uma carga tributária tão pesada, o Brasil corre o risco de perder o potencial de crescimento econômico, e as oportunidades de inovação tecnológica no setor.