Em ano mais quente no Brasil desde 1961, MS registrou recorde de 43,1°C

Dados são de 2024 e 2025 pode superar marcas históricas

02/01/2025 00h00 - Atualizado em 06/01/2025 às 04h53

Por Andrella Okata

O Brasil viveu em 2024 o ano mais quente desde o início dos registros em 1961, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A temperatura média anual ficou em 25,02°C, superando em 0,79°C a média histórica de 24,23°C (1991-2020). No ano anterior, 2023, a média já havia sido alta: 24,92°C, 0,69°C acima do padrão histórico.

O calor extremo também foi sentido em Mato Grosso do Sul. Em setembro de 2024, Água Clara, município localizado a 193 km de Campo Grande, registrou 43,1°C, a maior temperatura do estado pelo segundo ano consecutivo.

O fenômeno El Niño foi apontado como uma das principais causas do calor extremo. Em 2024, assim como em anos anteriores destacados no ranking de temperaturas mais altas, o fenômeno atuou com intensidade forte a muito forte, contribuindo para a elevação das médias no país.

Além disso, análises do Inmet indicam uma tendência de aumento significativo das temperaturas no Brasil desde 1961, reflexo das mudanças climáticas globais e de transformações ambientais locais.

RECORDES EM MATO GROSSO DO SUL

Segundo o prognóstico do Inmet para 2025, a região Centro-Oeste, onde está Mato Grosso do Sul, deve enfrentar chuvas próximas ou abaixo da média histórica, enquanto as temperaturas devem permanecer acima dos valores climatológicos, o que aumenta a chance de novos recordes neste ano.

No cenário global, 2024 apresentou um aquecimento expressivo. Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM) mostram que a temperatura média da superfície global ficou 1,54°C acima da média histórica de 1850-1900, até setembro. Este aumento tende a consolidar 2024 como o ano mais quente já registrado no planeta, superando 2023.

Por 16 meses consecutivos, entre junho de 2023 e setembro de 2024, a média global de temperatura ultrapassou qualquer marca anterior, reforçando os impactos das mudanças climáticas e a urgência de ações mitigatórias.

O Inmet, vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, representa o Brasil junto à OMM desde 1950 e segue monitorando o clima em busca de dados que possam subsidiar políticas de adaptação e enfrentamento das mudanças climáticas.


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