Presença feminina cresce e mulheres são maioria em três câmaras de MS

Embora acima da média nacional, MS ainda tem municípios sem nenhuma representante feminina

02/01/2025 00h00 - Atualizado em 02/01/2025 às 06h00

Por Redação

Em Caracol, Jateí e Porto Murtinho, as mulheres ocupam cinco das nove cadeiras disponíveis, garantindo maioria nas Câmaras Municipais desses municípios. A representatividade feminina nas Câmaras do Estado alcançou 21,3% em 2024, com 181 mulheres empossadas entre os 849 vereadores. O índice é superior à média nacional, de 18,2%, e marca um avanço em relação ao último mandato, quando 161 mulheres representavam 19% das vagas.

Apesar do crescimento, 21 municípios do Estado ainda têm Câmaras exclusivamente masculinas, como Bela Vista, Corguinho e Pedro Gomes. Em Douradina, por exemplo, nenhuma mulher foi eleita para o Legislativo, mas a cidade será governada por Nair Branti, que venceu a disputa pelo Executivo com 54% dos votos.

Presença feminina avança, mas desafios permanecem

Os números revelam uma disparidade entre os municípios. Enquanto Sidrolândia é a cidade com maior número absoluto de mulheres na Câmara (seis), os homens ainda são maioria por lá, ocupando sete das 13 vagas. Já em municípios como Aral Moreira, embora a maioria das cadeiras ainda pertença aos homens, as três candidatas mais votadas foram mulheres.

Por outro lado, cidades maiores registraram desempenho modesto. Em Dourados, segunda maior cidade do Estado, apenas quatro mulheres ocupam as 21 cadeiras. Na capital, Campo Grande, o cenário é ainda mais desfavorável: apenas duas mulheres foram eleitas para os 29 assentos disponíveis, representando apenas 6,9% do total.

O levantamento também destacou o contraste regional. Enquanto os municípios com maioria feminina, como Caracol e Porto Murtinho, têm economias voltadas à pecuária e estão próximos à fronteira com o Paraguai, outras regiões, como a Grande Dourados, seguem com baixa representatividade feminina.

Embora haja avanços, os números apontam que a representatividade feminina ainda tem um longo caminho a percorrer em Mato Grosso do Sul. A maior presença de mulheres em cargos legislativos e executivos é um reflexo das mudanças sociais, mas também da persistência de desigualdades que precisam ser enfrentadas.


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